Monday, April 1, 2013

SONHO DE AVENTURA (IV) DE LISBOA A NATAL



Conteúdo

1- Nada acontece por acaso

Mas, como nada acontece por acaso, e, como dizem os chineses, “o tempo não conta “, ou, ainda, “dai tempo ao tempo”, o mais importante é o que nele acontece, momento a momento.

1.1- Em Natal

Pois, meus amigos, não é que, o “Sonhador Beirão” foi mesmo até ao Brasil, não para aí se estabelecer como um moço de recados, nem como um emigrante/imigrante, a pedir um emprego, por favor, mas sim como um professor e com o estatuto de pesquisador.
A oportunidade dessa ida ao Brasil, foi noticiada na Internet, vinda da parte da Universidade Lusófona que estava a organizar uma “Conferência Internacional” a ter lugar na cidade João Pessoa, situada nas margens do rio Sanhau e capital do Estado a Paraíba, sendo dedicado ao tema genérico “Educação, Globalização e Cidadania: Novas Perspectivas da Sociologia da Educação”.
Posto em contacto com a Professora Natália Ramos, e decidindo ela formar uma Mesa subjugada ao tema Educação, Interculturalidade e Cidadania, convidou sua irmã, Professora Doutora Maria da Conceição Ramos, a Maria Tabita Almeida, Adelino Torres Antunes e o nosso “Sonhador”. Apesar de, ao princípio, não acreditarmos na possibilidade de virmos a ser aceites, fizemos a inscrição. Enviámos o resumo da Comunicação respectiva, e ficámos à espera de uma resposta.
No dia 14 de Janeiro de 2008 recebemos esta comunicação, vinda de João Pessoa (Brasil):
 “João Pessoa (Brasil), 14 de Janeiro de 2008-02-27
Prezada Dra. Natália Ramos,
 Temos a satisfação de comunicar que a Mesa Temática Educação, Intercultualidade e Cidadania, proposta por V. Sa., foi aprovada pela Comissão Científica da Conferência Internacional – Educação, Globalização e Cidadania: Novas Perspectivas da Sociologia da Educação (www.socieduca-inter.org) que ocorrerá na Universidade Federal da Paraíba (João Pessoa, Brasil) entre 19 e 22 de Fevereiro de 2008.
Cordialmente,
Prof. Dr. Afonso Celso Scocuglia
(Coordenador)”
Esta sua participação num evento desta envergadura, e esta sua primeira visita ao Brasil, agendada para os dias 18-19 de Fevereiro de 2008 iria acontecer 200 anos após a chegada ao Brasil da Família Real Portuguesa, chefiada por D. João VI, pois que, tomou a decisão de partir para o Brasil, em 1807, vindo a concretizar-se o desembarque no Brasil, em Salvador (Baía), no dia 22 de Janeiro de 1808. Não sendo esta cidade a que ofereceria melhores condições, decidiu partir para o Rio de Janeiro onde chegou no dia 8 de Março do mesmo ano, desembarcando no cais do Largo do Paço que hoje se chama Praça XV de Novembro.
Para comemorar esta efeméride, os Correios Brasileiros lançaram um selo com a sua chegada ao Rio de Janeiro que o Prof. Dr. Juarez, pois tinha-o recebido num envelope que tinha sido expedido a 19 de Fevereiro de 2008 e que, depois de o descortinar na Internet, o reproduzo, aqui, para que conste.
Dois aspectos – dois selos[1], comemorando a chegada ao Brasil da Família Real Portuguesa ao Brasil, ocorrida a 22 de Janeiro de 1808
 
Assim, o que está sucedendo transforma em realidade aquele seu sonho de criança de um dia receber uma carta de chamada. Este documento do Professor Doutor Afonso Celso Sccocuglia, não é mais do que um substituto daquela carta que o Sr. José Beirão lhe havia prometido, mas que, por motivos insondáveis, não pôde enviar-lha. Sem dúvida, a sua vinda ao Brasil seria de uma outra maneira e teria novos contornos e novos desafios. Nada acontece por acaso, meus amigos, e todos os que se sente desiludidos pelos vaivéns da sorte, confiem e acreditem num futuro diferente. Não importa o nome, nem o tempo dos actores, mas sim o papel desempenhado por cada um deles.
A partir desta comunicação pôs-se cada um dos intervenientes a trabalhar, com unhas e dentes, na investigação e na elaboração das respectivas Comunicações. Deram muito trabalhinho, lá isso é verdade, tanto em Portugal, como no Brasil, onde se propôs começar e avançar esta crónica.

1.2- Viagem para Natal (Brasil)

Em Fevereiro de 2008, Tabita Almeida e Adelino Antunes, uma vez que se encontravam no Porto, a frequentar os cursos presenciais para o doutoramento, contactaram a Agência Abreu, sita na Rua Dr. Plácido da Costa, Campus S. João – Piso 0, nº 104 A- 4200-450 Porto, Portugal, tendo sido atendidos pela Sra. Eduarda Duarte[2],  no intuito de reservarem Bilhetes, para Natal, por meio do Código de Reserva : XP3QSU, custando 980.57, com a taxa TTL incluída. Assim, poderiam ir participar no Evento que teria lugar em João Pessoa, que se distancia de Natal, cerca de 185km.

Situação geográfica de João Pessoa (Paraíba)[3]
De seguida, para que os assuntos correntes da casa, em Lisboa, continuassem a funcionar com normalidade, falou-se com a Samanta, João Firme e Tiago os quais se prontificaram a tomar conta de tudo, fazendo a promessa de que tudo fariam para que tudo se processasse com normalidade durante o tempo da estadia no Brasil. Perante esta promessa, dedicou-se cada um ao seu trabalho de investigação e redacção das comunicações respectivas a serem apresentadas.

1.3 - Partida para o aeroporto da Portela de Sacavém

A partida estava marcada para as 15:50 horas do dia 14 de Fevereiro (quinta-feira), devendo os passageiros dar entrada no Check-in, duas horas antes, o que já não era possível porque a Tabita e o Adelino ainda tiveram que ir à escola e por lá ficaram até cerca do meio dia. Cerca das 12:45 horas chegaram a casa e, depois de um frugal e rápido almoço distribuíram-se as malas por dois carros, sendo conduzido por João Firme e Samanta Almeida. Além das malas que eram cinco (duas do Adelino, duas da Tabita e uma do “Sonhador”), havia sacos e saquitos, e ainda o computador e mochila do Adelino.
Feito o check-in, saíram os três viajantes para tomar e oferecerem um café ao João e à Samanta e, depois de muito tempo de espera dirigiram-se à porta de embarque. Já lhes tinham dito que o avião estava atrasado, mas daí a atrasar 3 horas ou mais, é que estava longe de caber nas suas cabeças! Marcado o voo para as 15:50 horas, ele estava a ser protelado para uma hora incerta e muito além do esperado!
Pois foi mesmo. Só lhes disseram que estava atrasado devido a ser necessário proceder a uma reparação no motor. Nunca davam, no entanto, uma previsão acertada. Finalmente lá os chamaram para o embarque. Enfim, é para lamentar! Para aquilo que foi pago, foram muito mal servidos. Com procedimentos destes, não admira que a TAP tenha vindo a perder passageiros!
Finalmente ouviu-se o anúncio, há tanto tempo esperado:
            - “Os Senhores passageiros de TAP 145 com destino a Natal dirijam-se às portes de embarque”.
Eram já as 19:00 horas e todos estavam cansados e fartos, de tanto esperarem! Foi um alívio!
               Uma vez no avião, foi-lhes servido o jantar, pouco depois de terem descolado. A refeição foi boa. A ementa da refeição principal constava dos seguintes pratos: como entrada foi servida uma Salada de alface com cenoura, enquanto o prato principal constou de porco com alecrim, puré de batata com maçã ou Farfalle com frango e molho de tomate e como sobremesa foi servido cheese-cake de framboesa.
               Mais tarde foi-lhes servida uma Refeição ligeira que constou de uma sanduíche, pastelaria, café ou chá.
O voo, apesar de atribulado devido ao grande atraso, foi bom, aterrando no aeroporto internacional de Natal, Augusto Severo, por volta das 23.45 horas, quando deveria ter chegado às 20:15 horas do dia 14 de Fevereiro. Foram só três horas e meia de atraso! “Até nem foi muito” diriam os responsáveis da TAP!

1.4- Recepção no aeroporto de Natal (15 de Fevereiro 6ª-feira)

Apesar do longo atraso do voo e da interminável fila de passageiros a serem atendidos pela Polícia Alfandegária, o Professor Juarez Chagas, sua esposa, Professora Fátima Ramos, Professora Márcia Rocha e sua Filha Márcia Andreia não esmoreceram e encontravam-se à espera, logo depois que foi transposta a sala alfandegária. Grandes heróis e grandes heroínas!
Além do simpático gesto comum a todos os nossos amigos, o Professor Juarez havia composto um enorme cartaz que primava, não apenas pela sua beleza de caligrafia, mas também pela cor e jeito, próprios de um artista plástico e de um escritor, já de renome! Esse cartaz apresentava as Boas-Vindas e dizia concretamente: Tabita, Matias e Adelino, sejam bem-vindos a Natal!
Fosse pela beleza ou tamanho, fosse por aquilo que passou a representar para os recém-chegados, o Adelino apropriou-se dele e nunca mais o largou. No dia do regresso a Lisboa, lá se via ele com o cartaz enrolado, como se fosse um dos Rolos sagrados do Bíblia, encontrados nas Grutas do Qumrân.

1.5- Instalação no Hotel Parque Costeira

Feitas as apresentações casuais, conduziram-nos à sua residência, sita na Rua Verdes Mares, nº 1191, Bairro Nova Descoberta, – 59075-330 – Natal, Rio Grande do Norte (RN), onde a Professora Fátima Ramos lhes serviu um belíssimo cocktail, à Brasileira, fazendo-os degustar a boa cozinha nordestina.
Após o cocktail e depois de uma longa “conversa de matar saudades”, levaram-nos ao Hotel Parque da Costeira, sito na Via Costeira, Km 07, Parque das Dunas, Natal-RN/Brasil[4], entre a Praia da Areia Preta e as dunas, bem perto do Farol da Mãe Luíza.
O casal Chagas tinha-lhes reservado, com todo o esmero e carinho, quartos para os três com sala de banho individual, sendo os seus números 3.216 e 3217 respectivamente. Eram quartos maravilhoso, e confortáveis, com ar condicionado e muito amplos. O hotel está muito bem situado, sendo constituído por dois edifícios circulares, ligados por uma secção longitudinal, de forma semicircular.
Configuração do Hotel Parque da Costeira a partir do cartão de entrada
 No espaço, aconchegado pelas três secções, encontram-se as piscinas, as zonas de lazer e o amplo restaurante, invejável pela sua frescura e recheio.
 Piscinas, durante a noite
Com o casal Fátima e Juarez Chagas no Hotel Parque da Costeira

2- Natal e as seus atractivos principais

 Andando um pouco, em direcção a Norte, vai-se dar ao estuário do Rio Potengi que é formado substancialmente por três afluentes consideráveis que vêm da região da Macaíba. Para passar da cidade de Natal para as regiões de Ceará Mirim, Maxarnguape e Cabo de São Roque existe, hoje, a “Ponte Forte Redinha”, cuja forma faz lembrar a ponte lisboeta “Vasco da Gama”. O nome de “Redinha” vem-lhe da Praia que assim se chama e junto à qual foi construída a ponte.

Ponte “Forte Redinha” ou “Ponte de Todos – Newton Navarro” (2008)
 Esta ponte apresenta as seguintes características[5]:
Nome oficial
Ponte de Todos - Newton Navarro
Via
2 Vias, 2 de segurança, 1 via para pedestres e 1 via para ciclistas.
Cruza
Rio Potengi
Localização
Natal – Rio Grande do Norte
Mantida por
Governo do Estado do Rio Grande do Norte
Design
Ponte estaiada
Maior pilar
103,45 m
Maior vão livre
212 m
Comprimento total
1.781,60 m
Largura
22 m
Altura
55,10 m (pista no vão central)
103,45 m (mastros principais)
Tráfego
25 mil veículos/dia
Início da construção
24 de Outubro de 2004
Término da construção
27 de Novembro de 2007  (4 anos)
Data de abertura
21 de Novembro de (4 anos)
Pedágio
Não
Coordenadas
5º-45’ S-35º12’ W.
Folheando um prospecto turístico que recolheu na sala da Alfândega, deu de caras com os números relativos à população da cidade onde nos encontramos, capital do Estado do Rio Grande do Norte.
Natal, fundada em 25 de Dezembro de 1599, pelo Capitão-Mor de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem, forma um Município que é a capital do Estado do Rio Grande do Norte e tem como Prefeito, Carlos Eduardo Alves (PSB); possui cerca de 800 000 habitantes[6] que se chamam “Natalenses”, numa população total do Estado que é de cerca de 3 000 000 (três milhões) de habitantes.
No tempo em que nos encontrávamos em Natal, Wilma de Faria  era a sua Governadora, tendo ela a honra de ter sido a primeira mulher a governar esse Estado durante dois mandatos, depois de ter sido a primeira deputada federal, eleita em 1986[7]. Assumiu o Governo do Estado do Rio Grande do Norte (RN) em Abril de 2002, com 820.541 votos, correspondentes a 61,05% dos votos válidos. É reeleita em 2006, com 824.101 votos, correspondentes a 52,38% dos votos válidos.
Natal pertence à Mesorregião do Leste Potiguar e à Microrregião do Estado de Natal; possui uma área de 170,298 km2 e dista de Brasília cerca de 2 507 km.
A história do Rio Grande do Norte teve a sua visão portuguesa a partir do ano de 1535, data em que a frota de Aires da Cunha, a serviço do donatário João de Barros e do Rei de Portugal chegou a terras brasileiras. Mas, ao chegar deparou-se com a resistência dos indígenas potiguares e dos piratas franceses que traficavam o pau-brasil.
Dois anos ainda não eram passados e já, a 25 de Dezembro de 1597, uma segunda esquadra comandada por Manuel Mascarenhas Homem de Albuquerque dava entrada e fundeava, sentindo a necessidade de se defrontar com os indígenas e corsários franceses.
A 6 de Janeiro de 1598 iniciaram a construção de um forte sobre os recifes que se encontravam na Boca da Barra, vindo a ser chamada Fortaleza do Rio Grande que foi concluída no dia 24 de Junho desse mesmo ano. Trata-se da Fortaleza dos Reis Magos, construída em forma de estrela.
Nas redondezas dessa Fortaleza começou, então, a surgir um pequeno aglomerado de habitações que veio a formar o “Povoado dos Reis”. A partir de certo tempo esse povoado subiu de posto e passou a ser a “Cidade Dos Reis”, passando depois a “Cidade de Natal”.
Natal é, pois, “o portal de entrada das Américas, ponto mais próximo da Europa e África … uma cidade que nasceu e se fez entre rios e o mar, sendo, desde o seu nascimento rodeada de dunas e verdura, à mistura”.
Voltando ao assunto da nossa instalação em Natal deve ser assinalada a principesca hospedagem que o casal Chagas reservou nesse Hotel que leva por nome Hotel Parque da Costeira, onde os três participantes no Seminário de João Pessoa iriam permanecer desde a noite do dia 15, até ao meio-dia do dia 19, data em que viajaram para João Pessoa no intuito de apresentarmos as suas comunicações.
A calma oferecida pelo hotel ajudou-os muito, pois que, mais comodamente, conseguiram avançar a redacção final das ditas comunicações que seriam apresentadas no dia 21, entre as 10 e as 11 horas e meia.
Todos os dias se viam consumidos pela preocupação, vivendo numa grande azáfama. O Adelino e a Tabita dedicados ao aperfeiçoamento da Comunicação sobre a (in)disciplina, enquanto o “Sonhador” se preocupava com o melhoramento da sua que  versava sobre Manuel De Sá (1530-1596): Da Diáspora e Interculturalidade à Justiça e Cidadania”.
Na sexta-feira (15-02-2008 17:18), “Sonhador” recebe a resposta ao e-mail que tinha enviado a Espanha a pedir informações sobre a pessoa de Manuel de Sá que dizia o seguinte:
Estimado Sr. (……)
No tengo datos para responderle sobre Emanuel Sá.
Creo que le podrán dar alguna información en el archivo histórico de nuestras Provincias de Esspaña: Yo le puedo proporcionar el e-mail del encargado del archivo de la Provincia de Castilla: amancioarchivo@hotmail.com. Esta persona le puede informar acerca de lo que tienen allí. 
Una buena Biblioteca de la Compañía en la que hay muchos libros antiguos es la de la Universidad Pontificia Comillas de Madrid: maria@bib.upcomillas.es.
 Escríbales en portugués, que lo podrán entender bien.
Investigando um pouco mais sobre a história de Natal poderão ser acrescentados mais alguns dados a seu respeito. Encontra-se localizada a nordeste do Brasil, muito perto da linha do Equador, a 31 metros do nível do mar. O seu local mais próximo de África e da Europa situa-se na Ponta Negra, actualmente muito conhecida sob o ponto de vista turístico, não fossem tão mornas as águas das suas vinte praias de água límpidas!
Os seus habitantes procedem do cruzamento de duas tribos indígenas: a tribo dos Patiguares, originários do Rio Grande do Norte e a tribo dos Tapuais, também conhecidos por “bárbaros” por serem temidos não só pela sua força, mas também por surgirem das estranhas regiões do Norte.
A cidade de hoje, nem sempre foi assim, mas levou alguns séculos a atingir a sua grandeza actual. Iniciou-se, a partir da construção do Forte dos Reis Magos com o intuito de serem defendidas as terras da região contra os franceses e holandeses que começavam a cobiçar as riquezas desta região. Como essa construção se iniciou a 25 de Dezembro de 1599, a povoação que surgiu à sua volta foi baptizada com o nome de Natal, comemorando-se, assim, a festa natalícia de Jesus.
Os anos, e mesmo séculos, rodaram, sem que essa povoação se desenvolvesse grandemente. Foi preciso que se desse a 2ª Grande Guerra para que Natal mudasse de figura e de importância. Tendo-se tornado uma base militar dos Aliados americanos que daí partiam em direcção aos portos europeus, unidos na guerra contra Hitler, passou do anonimato a uma grande notoriedade.
Segundo Arthur Freitas[8], o seu verdadeiro desenvolvimento começou no século XVIII, e processou-se em duas grandes etapas. Primeiramente (…), “após a Guerra de Reconquista ou a chamada Guerra de Pernambuco (1640 a 1649), em que os holandeses foram expulsos do Nordeste brasileiro, graças a uma intensa participação de Felipe Camarão, príncipe dos índios do Brasil, que estabeleceu uma aliança entre portugueses e índios, permitindo, assim, que os portugueses se estabelecessem na fronteira do seu império; em segundo lugar, deu-se um grande incremente depois da Guerra dos Bárbaros (1688 a 1713), fase em que os índios foram “domesticados” e a Praça André de Albuquerque foi ocupada definitivamente pela população”.

2.1- Localização geográfica de Natal

Natal é banhada pelo Oceano Atlântico e dividido pelo rio Potengi, sendo, como já foi referido, o ponto na América do Sul mais próximo da África e da Europa[9].

O arquitecto italiano Giacomo Plumbo idealizou a cidade moderna como a vemos hoje e, daí em diante, o seu desenvolvimento turístico que começou nos anos 80 foi-se alargando sem nunca mais parar. Hoje vê-se um pulular constante de novos edifícios, sobretudo hotéis, que exploram, de todas as formas, praias, parques, assim como Restaurantes na capital sob cuja acção se exploram recursos naturais, como, por exemplo, toda a casta de frutos, reservas hídricas e energéticas como o petróleo e o gás Natural, no solo do Estado a que pertence.

2.2- Regiões Administrativas e Bairros

Eis as principais Regiões Administrativas e os seus respectivos Bairros[10]:


  1ª Região Administrativa: Região Leste[11]


Mapa de Natal (Região Leste)[12]
O Litoral[13], por sua vez, encontra-se adornado de belas praias, às quais se chega por estradas alcatroadas, ou de terra batida, sendo possível nestes últimos casos, utilizar transportes apropriados para circularem inclusive sobre areia, sem se correr o risco de se ficar, imóvel ou a patinar, enterrado.
Nalgumas zonas, porém, é difícil utilizar os transportes rodoviários, à excepção de motas apropriadas, principalmente nos troços que vão desde a Ponta do Calcanhar até ao Cabo São Roque Maxaranguape. Talvez, mais tarde se abram acessos que facilitem a sua descoberta.

2.3- Trabalho no Hotel Parque da Costeira

Nos dias 16-19 de Fevereiro passou-se a maior parte do tempo a preparar as Comunicações, saindo com o casal Chagas, apenas, para almoçarem ou jantarem em restaurantes que, por sinal, os satisfizeram pelo requinte das refeições e pelo arejamento das suas instalações. Foram, por exemplo, aos Restaurantes “Tábua da Carne”, “Chapéu de Palha”, “Mangai” e outros. Entretanto, foram aproveitando alguns intervalos para visitarem, de fugida, a cidade.

3- Conferência em João Pessoa (21 de Fevereiro – Quarta-feira)

Como as Senhoras Professoras, Natália e Conceição Ramos que iriam participar no mesmo Congresso – sendo a primeira a organizadora de uma das Mesas Temáticas (a nº 9) –, se encontravam em Natal, hospedadas em casa de uma amiga comum, combinou-se ir para João Pessoa no mesmo autocarro, no dia 19 de Fevereiro. Assim, foi solicitado ao Professor Juarez que comprasse cinco bilhetes. Este encarregou-se de comprá-los para o Autocarro da empresa da “Viação Nordeste LDA”.
Deu-se a partida às 15.30h. do dia 19 de Fevereiro de 2008, no dito transporte, nas imediações do estádio “Machadão”. Antes, porém, da partida, foi servido e oferecido pelo casal, Fátima Ramos e Juarez Chagas um almoço, à brasileira.
Ao chegarem ao terminal de João Pessoa, estavam à sua espera a Dra. Vândia, que os conduziu, de táxi, ao Apartamento da sua tia, professora Doutora Ieda Franken, onde nos esperavam os seus dois filhos que os receberam calorosamente. É um belo apartamento, no 16º andar. Deste desfruta-se uma belíssima paisagem, em direcção ao mar. Igual calor lhes foi dispensado pelos três durante todo o tempo que estiveram em João Pessoa (de 19, à noite, até 21, às 15.30h), ou seja, desde a sua chegada a João Pessoa, até ao seu regresso a Natal.
 Vista da Praia de João Pessoa[14]

3.1- Um Pouco de História sobre João Pessoa

Em 2008, a cidade de João Pessoa fez, precisamente 423 anos de existência, pois que foi fundada em 1585. Fundada nas margens do Rio Sanhauá, foi-se estendendo languidamente em direcção ao mar, ao mesmo tempo que era bafejada pela beleza das suas praias que ocupam uma área, aproximadamente de 30 quilómetros.
Situa-se no nordeste do Brasil, no Paraíba, ficando a menos de duas horas do Recife, a duas horas de Pipa e a 2 horas e 34 minutos de Natal, distando desta última cidade entre 185 a 191 km, consoante as estradas tomadas.
Mapa entre Natal e João Pessoa
No Cabo Branco eleva-se um Farol, de forma triangular que foi construído em cima de uma falésia muito arborizada. Encontra-se, também, em João Pessoa um dos Marcos geodésicos mais importantes do Brasil e do Mundo, a assinalar o Ponto Extremo Oriental das Américas pois que é ali que, não só se situa o ponto mais próximo do Continente Africano[15], como também o local americano “onde o sol nasce primeiro”.
Com uma temperatura na média dos 29 graus centígrados, as águas de toda a Costa do Sol convidam todo o forasteiro e nativo a um banho refrescante, nomeadamente nas praias do Cabo Branco, de Tambaú, Manaíra e Bessa.
O nome de “João Pessoa” tem a sua própria história. Fundada a cinco de Agosto de 1585 para ser a sede de uma Capitania real, sem passar pelo estádio de vila ou povoado como era usual nas restantes localidades, esta cidade foi baptizada, em primeiramente, no ano de 1588 com o nome de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, no intuito de homenagear Filipe II, rei de Espanha e I de Portugal.
A partir da invasão da Paraíba pelos holandeses, em 1634, passou a ser chamar-se Frederikstadt (ou cidade de Frederico), em homenagem ao rei Frederico Henrique II, príncipe de Orange (Holanda). Com saída destes, em 1654, voltou ao seu nome de origem (Filipeia Nossa Senhora das Neves), assim permanecendo até 1817, data em que se lhe deu o nome de Parahyba do Norte, devido ao seu rio ser o principal acesso, continuando, ainda actualmente a ser o rio principal do Estado do Rio Grande do Norte.
A mudança do seu nome não ficaria por aqui. A partir de uma visita que D. Pedro II do Brasil fez à cidade, em fins de 1859, passou temporariamente, a chamar-se Imperial Cidade. A 26 de Julho de 1930, o então Presidente da Província, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque e concorrente, como candidato, a vice-presidente, foi assassinado no Recife (na chapa de Getúlio Vargas), acontecimento triste que originou a “Revolução de 1930”. Em homenagem a este homem, considerado herói e mártir, foi decretado pelo Governo Central que o nome de Imperial Cidade fosse substituído, pelo nome de João Pessoa, dando, assim satisfação ao pedido que tinha sido feito pelos habitantes dessa cidade.

3.2- Últimos retoques aos temas da Comunicações

Na noite de 20 para 21 deram-se os últimos retoques aos temas. Eram as irmãs Ramos nos seus aposentos e na sala do hotel, preparando as suas comunicações, enquanto no apartamento da Prof. Ieda e, depois, no hotel, juntamente com as primeiras, revia o outro grupo as suas respectivas Comunicações.
 Adelino Tabita e Matias, trabalhando no salão do Hotel[16]
Finalmente descansámos houve um pequeno intervalo de descanso no salão do hotel onde estavam hospedadas as Professoras Ramos e onde tivemos a honra de conversar com o já célebre Professor argentino, Carlos Alberto Torres, aqui enquadrado nesta foto de recordação.
  
Da esquerda para a direita: Alberto Torres, Filomena Vidal, Maria Tabita Almeida e Adelino Antunes
Não satisfeitos ainda, os trabalhos foram continuados e aperfeiçoados de regresso ao local de hospedagem.

4- Mesas, Temas e Conferências

Ora, no dia 21 de Fevereiro de 2018, às 10:00h, a Mesa Temática Educação, Interculturalidade e Cidadania (nº 9) que tinha sido aprovada pela Comissão Científica da Conferência Internacional – Educação, Globalização e Cidadania: Novas Perspectivas da Sociologia da Educação, para ser apresentada no período do evento (19 - 22 de Fevereiro de 2008), dava entrada na Sala nº 1 do Salão.
Esta mesa era composta pelos seguintes Membros:
1 - Maria Natália Pereira Ramos (Coordenadora) da Universidade Aberta de Lisboa com o tema Crianças e Famílias em Contexto Migratório e Intercultural – Desafios às Práticas e Políticas Educacionais, Sociais e de Cidadania;
2 - Maria da Conceição Pereira Ramos da Faculdade de Economia – Universidade do Porto, com o tema Desafios à Europa Social No Contexto da Globalização – Gestão da Diversidade e da Educação nas Sociedades Multiculturais e do Conhecimento;
3 – Ileana Constantinescu da Academia de Estudos Económicos de Bucareste, Roménia que apresentou o tema: As Novas Exigências da Educação no Contexto da Globalização
4 - José Coelho Matias da Universidade Portucalense, com o tema Manuel de Sá (1530-1596): Da Diáspora e Interculturalidade à Justiça e Cidadania;
5 - Maria da Penha Lima Coutinho da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, (Brasil) com o tema Adolescentes Imigrantes Brasileiros no Contexto Escolar em Portugal: Representações Sociais e Vivências Psicoafectivas em Contexto Intercultural;
6 /7 - Maria Tabita Ferreira dos Santos Rebelo de Almeida e Adelino Torres Antunes da Universidade Portucalense, com o tema conjunto Educação e Indisciplina na Diversidade;
Na ausência da Professora Maria da Penha Lima, a sua Comunicação foi apresentada por uma outra professora da Universidade Federal de João Pessoa.
 Mesa Temática, nº 9
Da esquerda para a direita:
Maria Tabita, Almeida, proferindo o seu discurso, Ileana Constantinescú,
Maria Natália Ramos (Coord.), Conceição Ramos, X, e José Coelho Matias

4.1- Resumos das Comunicações[17]

Para que os leitores fiquem com uma ideia dos vários temas tratados pela Mesa nº 9, aqui ficam os resumos das respectivas Comunicações:
1. Desafios à Europa Social no Contexto da Globalização – Gestão Da Diversidade e da Educação nas Sociedades Multiculturais e do Conhecimento:
Maria da Conceição Pereira Ramos (Faculdade de Economia - Universidade do Porto, Portugal)
Resumo
A sociedade de informação e o processo de globalização condicionam as prioridades de acção do Estado Nação em domínios do conhecimento (educação, formação, inovação) e colocam novos desafios aos direitos de cidadania e ao modelo social europeu.
O papel da educação/formação é fundamental na edificação da cidadania e da inclusão social.
Em Portugal e na União Europeia, o aprofundamento da inclusão social, o desenvolvimento da sociedade do conhecimento e a gestão da diversidade cultural na era da globalização, exigem uma atenção acrescida às questões da educação e da cidadania.
Portugal e a União Europeia só poderão sustentar o seu modo de vida e o seu modelo social, reformando-o e criando uma nova base de crescimento e emprego, assente em factores competitivos ligados à qualificação, à inovação, ao conhecimento e à coesão social.
Palavras-Chaves: Globalização; Educação; Cidadania; Inclusão Social; Coesão Social
 2. As Novas Exigências da Educação no Contexto da Globalização
Ileana Constantinescu (Academia de Estudos Económicos de Bucareste, Roménia)
Resumo
No contexto da globalização os contactos entre os especialistas dos diferentes domínios tornaram-se cada vez mais frequentes e obrigatórios. Quer se trate de negociações ao nível de empresas virtuais, de equipas virtuais, de sociedades multinacionais ou ainda de cooperação internacional ao nível educativo, os jovens e adultos dos diferentes países do mundo são, cada vez mais, expostos em contacto directo ou virtual através da Internet. Daí a importância do papel da educação no ensino das línguas estrangeiras e na preparação dos futuros especialistas dos diversos domínios de especialidade ao nível linguístico e comunicacional. O conhecimento da língua e da terminologia técnico-científica nos domínios técnico, económico, médico, educativo, psicológico e informático é indispensável para assegurar e promover uma boa comunicação e colaboração entre os actuais e futuros especialistas nos domínios chaves do saber e da intervenção.
Este objectivo, poderá ser atingido através, nomeadamente, de manuais de línguas estrangeiras centrados em objectivos específicos e de dicionários de especialidade multilingues, acompanhados de materiais e aplicações multimédia.
Nesta comunicação científica propomo-nos apresentar e discutir esta problemática, através de exemplos de dicionários multilingues que organizámos e publicámos na Roménia, em diferentes domínios.
Palavras-Chaves: Globalização; Dicionários de especialidade multilingues; Línguas estrangeiras; Educação Multilingue; Aplicações Multimédia.
 3.Crianças e Famílias em Contexto Migratório e Intercultural – Desafios às Práticas e Políticas Educacionais, Sociais e de Cidadania.
Natália Ramos (Universidade Aberta, CEMRI, Lisboa, Portugal)
Resumo
Na actualidade, as questões da diversidade cultural, da mobilidade das populações e das relações interculturais são da maior importância no contexto do mundo globalizado, estão no centro das preocupações da maioria dos Estados, vindo colocar novos desafios à sociedade e às políticas do século XXI nos diferentes sectores, em particular no domínio educacional.
O paradigma intercultural vem desafiar os paradigmas tradicionais em educação, introduzir a pluralidade, a heterogeneidade, a complexidade, a multi/ interdisciplinaridade na pesquisa e intervenção em educação, implicando um novo reposicionamento metodológico e epistemológico, nomeadamente, ao nível da educação e comunicação intercultural.
A presente comunicação através de uma perspectiva multidimensional e intercultural e de investigações teóricas e empíricas, analisa os múltiplos factores que afectam as representações e as práticas relativas à integração social e educacional das famílias e crianças migrantes, destacando-se factores de risco e de vulnerabilidade e factores promotores de inclusão, desenvolvimento e sucesso educativo. São igualmente analisadas estratégias e políticas que promovem a inclusão, a igualdade de oportunidades e o acesso à cidadania das crianças migrantes e das suas famílias.
Palavras-Chaves: Interculturalidade; Migração; Educação e Comunicação Intercultural; Políticas e Estratégias; Cidadania.
4. Manuel de Sá (1530-1596): Da Diáspora e Interculturalidade à Justiça e Cidadania
José Coelho Matias (Universidade Portucalense, Porto, Portugal)
Resumo
Hoje, mais que nunca, nos países marcados pelos fenómenos da globalização, diásporas e migrações, sentem-se vários problemas, cuja resolução causam dificuldades aos poderes políticos, sociais, educativos e religiosos. Geram-se problemas de ordem familiar e social e criam-se antagonismos, não só entre a população nacional e os imigrantes, mas também entre os múltiplos grupos das diferentes etnias que vivem no mesmo espaço. Por outro lado, existem desequilíbrios na distribuição da riqueza, da justiça e na igualdade de oportunidades colocando-se em primeiro plano o neo-liberalismo e as questões económicas, em detrimento da educação, dos valores e da pessoa humana, surgindo, desta forma, a desconfiança e o desrespeito pelas próprias leis dos Estados e pelos governantes e originando exclusão e conflitos.
Manuel de Sá, português que estudou e ensinou em Portugal, Espanha e Itália, influenciou profundamente o ensino da teologia, da ética e dos valores em todo o mundo, entre o século XVI a XVIII, através da sua obra oral e escrita. A sua experiência nas questões das injustiças sociais, contra judeus e mouros, fez dele uma autoridade reconhecida na doutrina sobre as obrigações das autoridades e sobre os direitos dos grupos minoritários. Devido a essa doutrina e à sua própria condição de migrante e cidadão, poderá ser considerado um diásporo português de quinhentos ao serviço das ciências da educação, um paladino da justiça e da cidadania e um pioneiro da interculturalidade. São estas três perspectivas que tentaremos esclarecer na exposição em epígrafe.
Palavras-chave: Diáspora; Educação; Interculturalidade; Justiça; Cidadania
 5. Adolescentes Imigrantes Brasileiros no Contexto Escolar em Portugal: Representações Sociais e Vivências Psicoafetivas em Contexto Intercultural
Maria da Penha de Lima Coutinho (Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil); Natália Ramos (Universidade Aberta, Lisboa, Portugal)
Resumo
O vivenciar de situações estressoras, entre outras, derivadas do processo migratório e intercultural, que na sua complexidade envolve momentos de desorganização nas esferas afetivas e sociais, pode favorecer a emersão da Síndrome da Depressão, distúrbio psicoafetivo que pode afectar a integração e desenvolvimento dos adolescentes imigrantes. Os adolescentes migrantes além da crise vital própria da fase de desenvolvimento, enfrentam outras crises, em particular a incerteza quanto ao grupo de afiliação ou quanto ao significado da sua pertença ao grupo (Phinney, 2004) e é nesse cenário que as instituições de ensino se apresentam como elo de inclusão ou exclusão social. Este estudo objetivou investigar os distúrbios psicoafetivos, em particular a depressão em adolescentes migrantes brasileiros, inseridos no contexto educacional de Portugal. A amostra foi constituída por 490 adolescentes, desses 82, eram migrantes brasileiros, com idade entre os 12 e os 17 anos. Nessa investigação foram utilizados os instrumentos: Inventário da Depressão Infantil (CDI) e a Associação Livre de Palavras. O material coletado pelo CDI foi processado pelo software SPSS (versão, 13) e os dados da Associação Livre de Palavras processados pelo software Tri-deux-mots e analisados pela Análise Fatorial de Correspondência. Os resultados do CDI apontaram um índice epidemiológico de (22%). Também, através da análise das associações livres de palavras a depressão foi ancorada nas esferas psicoafetiva e físico/orgânico e fez emergir campos semânticos constituidos pelos elementos: problemas de relacionamento, dificuldades de aprendizagem, comportamentos de isolamento e anti-sociais (irritabilidade e agressão), ideias de suicido e morte. A tristeza e o pessimismo emergem como elementos figurativos desencadeados pela carência afetiva e pelo sentimento de rejeição. Espera-se que esses resultados venham auxiliar na elucidação etiológica da depressão em adolescentes migrantes, assim como, na compreensão da complexidade de factores intervenientes no desenvolvimento, inclusão escolar e social e sucesso educativo dos jovens originários de outras culturas em contexto intercultural.
Palavras - Chaves: depressão, migração, adolescência; representações sociais; inclusão social; sucesso educativo.
6. Educação e Indisciplina na Diversidade
Maria Tabita Ferreira Almeida e Adelino Torres Antunes (Universidade Portucalense, Porto, Portugal)
Resumo
O tema da (in)disciplina tem cada vez mais relevo no actual panorama educacional e multicultural. Esta comunicação pretende fazer uma abordagem desta temática no sentido de perspectivar alguns dos problemas com os quais as famílias e as escolas da periferia de Lisboa se debatem, neste momento, tendo em conta a sua crescente diversidade populacional. Relacionam-se os conceitos de indisciplina, autoridade e educação no contexto familiar e escolar. Para tanto, contrapõe-se uma leitura de cunho institucional da indisciplina, com apresentação de alguns exemplos e resultados de relatórios e inquéritos sobre o tema, às abordagens clássicas da temática, demonstrando que, para a melhoria das inter-relações e responsabilização de todos os parceiros, se torna fundamental a compreensão das representações e dos múltiplos factores na origem da indisciplina e a minimização dos problemas disciplinares de modo a uma maior harmonia, comunicação e sucesso educacional. Para o efeito, considera-se o espaço escolar um lugar privilegiado de educação, trabalho e socialização do jovem, nacional ou migrante, visando a melhoria do seu relacionamento e comunicação com a escola e o saber, com os outros e com a comunidade, enfim, um espaço promotor de cidadania e de comunicação entre todos os parceiros educativos.
Palavras-chave: Educação; Diversidade Cultural; Indisciplina; Família; Organização Escolar.

A nossa Mesa, no fim da Conferência


 Referências

(Publicado Domingo, Janeiro 20, 2008, por Blog do Jean Tamazato).
[2] Para contacto veja-se: eduarte.campussjoao@abreu.pt ou www.abreu.pt
[4] Para contacto veja-se: Tel. 55 (84 )3203-4800 – www.parquedacosteira.com.br)
[6] Hoje, porém (30.10.2012), data em que resolvi dar a última redacção a esta crónica, existem outras fontes que nos fornecem alguns dados diferentes, embora importantes e um pouco mais actualizados como, por exemplo: de acordo com a estimativa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, a sua população é de 803 739 habitantes, sendo o vigésimo município mais populoso do país.
[7] Www.wilmadefaria.com.
[9] http://www.interhabit.com/mapa_america/map_america_437.html e ainda em: http://www.visitnatalbrazil.com/pt/sua-viagem/info-geral/localizacao/
[11]  http://www.natal.rn.gov.br/semurb/mapas_fotos/Mapas/PDF/Mapas_tematicos_2007.pdf
[14] http://www.viagemdeferias.com/joaopessoa/
[15] Os Natalenses reclamam que essa curiosidade se situa em Natal.
[16] Foto por cortesia de Filomena Vidal
[17] Os Resumos das Comunicações, redigidas em Português do Brasil, deixámo-los no seu original.

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