SONHO DE AVENTURA (VII) DE MACAU DO BRASIL A LISBOA
(VI) DE MACAU DO BRASIL A LISBOA
Conteúdo
1- Visita a Macau (01 de Março 2008 – Sábado)
1.1- Localidades com esse nome
Existem três localidades, pelo menos, que
têm, o nome de “Macau”: uma em França, na região de
Bordeaux; outra na China, que, sendo uma cidade também cognominada de “Cidade
do Santo Nome de Deus”, se situa na parte ocidental do Delta do Rio das
Pérolas, na costa oriental e sul da China, mais precisamente na Província de
Cantão[1]
e uma terceira, no Brasil.
Sobre a cidade de Macau, na região de
Bordéus, podemos dizer que é uma aldeia onde se cultiva um bom vinho, devido ao
seu solo e ao seu micro-clima bem apropriado à cultura deste precioso líquido.
A marca por que é conhecido é a de Cantemerle (Chateau
Cantemerle 5ème Cru Haut Medoc, Macau Bordeaux). Os
ingleses que não são suspeitos acerca dos bons vinhos dizem dele o seguinte:
This unique soil and
microclimat are reflected in the wine's personality. Cantemerle has a brilliant
colour, a powerful bouquet, and a soft, lively flavour. It is rare to find such
refined fruitiness. This great wine can be enjoyed young, when it is charming,
fruity, and marked by a vanilla taste, which comes from well-integrated oak.
Cantemerle is therefore an ideal wine for the modern consumer who likes fresh
tannins. However, it can also age extremely well. Fine, old vintages have
impeccable class, with incomparable flavours of sheer elegance. Cantemerle
therefore belongs to that rare category of the world's wines, which can not
only age, but also improve over several decades[2].
1.2- Comparação entre Macau na China e Macau no Brasil
Relativamente
às duas cidades com o mesmo nome (a da China e a do Brasil), comecemos por
fazer uma pequena comparação entre elas, para depois verificarmos se algo existe,
em comum. Em primeiro lugar, ambas se situam na foz de rios: a primeira na foz
do Rio das Pérolas, e a segunda na do Rio Açu. Em segundo lugar, ambas se
encostaram na junção do rio com o mar: a primeira com o Mar da China e a
secunda com o Oceano Atlântico. Ambas tiveram, de modo análogo, um
desenvolvimento rápido nos últimos anos. Macau da China devido ao comércio,
turismo e jogo; Macau do Brasil devido ao comércio do Sal.
Além dessas
características naturais, possuem também, uma outra característica que se
relaciona com a arquitectura. As casas de Macau do Brasil têm muito a ver com
as de Macau da China, sobretudo com as que pertencem às Ilhas da Taipa e de
Coloane do século XIX e princípios do século XX, mas nada têm a ver com os
altos edifício dos finais do século XX e princípios do século XXI. Lá, como
aqui, usava-se muito o sistema de terraços, em vez de telhados e as ruas
estreitas com comércios muito ao gosto dos chineses. Mas, curiosamente, não se
viu por ali nenhum cidadão asiático. Também se encontram ambas as cidades
ladeadas pelas águas de um rio e de um mar ou oceano.
Pelo que se
pôde observar, também a temperatura é muito quente, embora a humidade de Macau
do Brasil nada tenha a ver com a de Macau da China. Esta característica
climatérica favorece, sem dúvida a acumulação extraordinária do sal na primeira
cidade.
Território de Macau (China)[3]
Vista aérea de Macau (China) em 2007[4]
Por seu lado, Macau,
no Brasil, constitui, também, uma micro-região e uma Prefeitura, limitada pelos seguintes
municípios: a Norte pelo
Oceano Atlântico; a Sul pelas Pendências, Afonso Bezerra e Alto do Rodrigues; a Leste por Guamaré, Pedro Avelino; a Oeste
por Porto do Mangue (ou Município de Carnaubais). Possui, numa área de 1.857,40
KM2, 5 cidades, 45.150 habitantes e uma densidade demográfica de
24,31 habitantes por Km2.
Relativamente à
cidade ou Município de Macau pode-se dizer que tem uma extensão territorial de 835 Km2, o equivalente
a 1,58% da superfície estadual e, conforme a divisão territorial do Brasil,
pertence à meso-região Central Potiguar, inserida na micro-região Macau.
Localiza-se em uma altitude média de 4 metros acima do nível do mar,
situando-se numa posição geográfica que é determinada pelo paralelo 05º07' de
Latitude Sul e pelo meridiano 36º38' de Longitude Oeste[5].
2- Origem de Macau (Brasil)
Segundo dados
recolhidos num artigo publicado por Gilberto Avelin[6],
Macau brasileiro, teve a sua origem num grupo de portugueses que, em 1829, para
ali vieram da ilha Manoel Gonçalves, onde se dedicavam à extracção do Sal.
Devido à invasão do mar tiveram de abandoná-la, indo, por isso, ocupar a ilha, Assú-Piranhas
localizada na foz do Rio Açu, vindo a denominar-se Macau.
A razão porque passou a chamar-se
“Macau” parece estar no facto de um ou mais dos seus fundadores se relacionarem
com Macau chinês, enquanto o significado dessa palavra se supõe ter procedido
duma corruptela da palavra chinesa A-MA-NGAO que significa “abrigo ou porto de
A-MA, deusa chinesa, a quem prestavam e prestam culto os navegantes e
pescadores chineses. Ainda hoje se pode visitar o seu templo na antiga cidade
de Macau, junto à foz do Rio das Pérolas, na China.
Ora, os
portugueses que têm sido considerados como os fundadores da cidade brasileira
chamada Macau eram o capitão João
Martins Ferreira[7] e os seus quatro genros:
José Joaquim Fernandes, Manoel José Fernandes,
Manoel António Fernandes, António Joaquim de Souza e ainda dois auxiliares:
João Garcia Valadão e o brasileiro João da Horta. Todos estes se dedicaram à
extracção do sal, nesta zona, depois de terem começado a extrai-lo numa ilha
vizinha, hoje, submersa.
Segundo Gilberto
Avelino[8], “O povoado
de Macau desmembrou-se de Angicos e tornou-se município através da Lei
nº 158, de 02 de Outubro de 1847. A comarca foi criada pela Resolução nº 644,
de 14 de Dezembro de 1871, sendo que a Lei nº 761, de 09 de Setembro de 1875, a
elevou à categoria de Cidade e sede do município”.
Vista aérea de Macau (Brasil)[9]
Se a distância, em relação à
capital do estado – Natal – é de 178 km e se ela é banhada
pelo rio Açu e cercada por ilhas, praias, mangais
(mangues) e águas represadas (gamboas), os seus limites geográficos são:
a Norte está o Oceano Atlântico; a Sul estão os municípios de Pendências,
Afonso Bezerra e Alto do Rodrigues; a Leste os municípios de Guamaré e Pedro
Avelino e a Oeste encontra-se o município de Carnaubais[10].
2.1- Aspectos Demográficos[11]
De acordo com
dados obtidos a partir do Censo Demográfico de 2000, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, a população de Macau era, nessa altura, de
25.700 habitantes, sendo a maioria (72,50%) residente na zona urbana com uma
predominância de jovens entre 0 a 29 anos. Desse número, 12.594 eram homens e
13.106 eram mulheres. A densidade demográfica do município é de 30,78
habitantes por quilómetro quadrado total, com uma taxa de alfabetização de
76,1%.
2.2- Riquezas minerais:
Possui:
Petróleo e Gás natural. O petróleo é extraído, tanto no mar como em terra,
através de plataformas apropriadas extraídos no mar através das plataformas de
Aratum e Macau Mar – além da extracção em terra. Quanto ao Sal marinho o
município ocupa o primeiro lugar na produção estadual e nacional.
2.3- Principais Pontos Turísticos:
Os locais que
merecem uma bisita são os seguintes: o Museu Histórico "José
Elviro"; o Museu Marinho "Seu Manuíque"; o Museu Carnavalesco,
"Colô Santana"; a Igreja Matriz (mais de 142 anos); os Parques
Salineiros - salinas artesanais; a Praia de Camapum; a Praia de Barreiras; a Praia
de Diogo Lopes e a Coluna comemorativa do
Centenário da Independência.
Uma das suas ruas (01 -03 2008)
Igreja Matriz de Macau (Brasil (01 -03 2008)
2-.4- Temperaturas em Macau (Brasil)[12]
Para ficarem
com uma vaga ideia das temperaturas que se sentem na cidade de Macau
Brasileira, apresenta-se, aqui, um quadro relativo a um ano completo que se foi
repescar à Internet, como fica indicado no fim do mesmo.
3- Uma visita romântica a Macau
3.1- Preparativos e partida
Uma vez no
Brasil, e ao ver no mapa o nome da cidade de Macau, a 170 Km da cidade de
Natal, o nosso “Sonhador Beirão” não descansou, nem se poderia sentiria feliz
ao deixar este maravilhoso país se não fosse até lá, pois só o seu nome lhe
fazia reviver os longos anos que viveu na cidade de Macau da China. Queria
pisar a sua terra, contactar com as suas gentes e ver os seus modos de ser e de
viver, queria respirar o ar do seu ambiente e ver o firmamento celeste que a
cobria!
Esta sua
curiosidade foi-lhe satisfeita pelos Professores Juarez e esposa Fátima que
marcaram uma visita para o seu penúltimo dia em Natal. Ao chegar a casa na
sexta-feira deram-lhe a feliz notícia de que tudo estava programado para, no
dia seguinte, irem a Macau. Não imaginam a sua satisfação!
Às 05:00 horas,
da manhã do dia seguinte já estavam os três a pé e, após o pequeno-almoço ou
“café da manhã”, lá partiram os três em direcção a essa cidade, para ele
misteriosa. Antes de saírem de Natal passaram pela residência de um senhor
amigo do Juarez para este lhe pedir que lhe gravasse uns Cd’s. Estavam, já, no
Bairro do Alecrim, às 07:00h. Daqui passram ao Bairro das Quintas, atravessando
a Ponte Ligapo, conhecida, agora, por
“Ponte Velha” devido à construção de uma outra que passou a “Ponte Nova”.
Já na estrada
Estadual embrenharam-se na região do Ceará-Mirim,
fértil em cana-de-açúcar, embora se encontre na parte oeste do sertão. A sua
vegetação rasteira, e agreste condizia, realmente, com a secura do seu solo.
Passram por Massaranduba, uma pequeníssima aldeia
onde o Juarez possui um terreno que, se não o vedar, bem fica sem ele, pois os
“sem-terra”, já começaram a olhar para ele e a cobiçá-lo. Ali colheu umas
mangas que, pela aparência, pareciam muito boas. Por precaução ninguém se
atreveu a comer alguma, pois estavam quentes e não podia ser lavadas, podendo,
por conseguinte causar dissabores … diarreia, por exemplo!
Com o rodar na
estrada, contemplaram um grande bando de Urubus ou abutres como se diz entre nó,
mas eram pretos. A sua presença, à beira da estrada sinalizava uma lixeira nas
redondezas ou uma rês morta (talvez pela fome, pois, ali, os animais andavam
magros devido à falta de verdura e de água.
Mais à frente, atravessaram
Taipú que apresenta um ar tórrido e
um solo que parece cinza deixada pela abrasadora chama solar. O Professor Juarez
advertiu que esta região fazia parte do grande Sertão, constituindo a sua parte
oeste. Realmente, com um solo assim, até os próprios animais – vacas, sobretudo
– não podem deixar de sofrer! O calor e a falta de verdura e de água fresca causam
dor!
Esta região já faz parte do Sertão Oeste (01 -03 2008)
Foi nesta
ocasião que se começou a falar de quintas e fazendas.
- “Aqui, disse
o Juarez, existem três denominações em ordem crescente para aplicar aos
terrenos: uma Chácara, uma Granja e uma Fazenda”.
Alguns
quilómetros depois atravessou-se q vila de João Câmara que dizem ser muito
afecta a sismos. Foi, precisamente na região de Ceará-Mirim que, num dia destes, houve vários sismos com a
intensidade de 3 graus Richter.
Veio, depois Jandaíra, onde se experimentou um caldo
de cana, feito mesmo à nossa frente numa maquineta, chamada “Moendeira” (espremedor
manual) a qual foi fotografada para que ficasse registada a sua funcionalidade.
Nesta Povoação extrai-se, também, um mel especial que, além de muito doce, é
medicinal, na opinião dos residentes e… do próprio casal Chagas.
Da cana-de-açúcar ao “Caldo de
Cana”
Em Jandaíra
(01 -03 2008)
Na povoação
“Abaixo do Meio” nasce e cresce com toda a pujança a carnaúb que é uma espécie de palmeira muito
utilizada, tanto na construção das habitações, como nas indústrias cesteira e polideira
(de sapatos, soalho das casas, etc.).
Carnaúba (01 -03 2008)
Esta árvore,
sobretudo o seu tronco, apresenta uma configuração engraçada, à maneira de
renda ou rede, como se pode ver na fotografia.
Dizia a Fátima
que, em cada aldeia, existe sempre: uma igrejinha, um banco, uma escola, uma
farmácia e uma praça. O certo é que nesta aldeia todas essas características
estavam bem patentes, como pude observar e registar através da minha máquina
fotográfica.
Logo a seguir, apareceu
a entrada de Quamaré que se encontra à direita e Alto do Rodrigo à esquerda de quem vai em direcção a Macau. Ambos
estes povoados são ricos em petróleo e gás natural.
3.2- Chegada a Macau
Placa a indicar a chegada a MACAU (Brasil 01 -03 2008)
Perto, já, de Macau,
um Baco se sentiu no interior do visitante atento! Sentiu uma admiração
indescritível, ao ver os montes de sal, à direita e à esquerda e, sobretudo, a
maneira de o extrair! Grandes extensões de água, salgada ao máximo, e dividida
ou contida entre espécies de currais, feitos de paliçadas! De vez em quando,
via-se o sal a borbulhar como se fossem bolhas de cristais ou mantos de neve
que não só se movimentavam voluptuosamente de um lado ao outro e de baixo para
cima, mas também saltavam alegremente do seu próprio leito ou atravessavam
rapidamente a estrada como se fossem grandes flocos de neve. Nunca tinha se
tinha visto coisa assim! Não é fácil descrever esse belo quadro! Uma ideia,
apenas, aqui poderá ser deixada aos leitores, sendo acompanhada por um convite
a irem, um dia, fazer uma visita semelhante. Vale a pena, lhes garanto!
Mantos de sal em represas ou salinas (01 -03 2008)
Outro aspecto da indústria do sal em Macau.
Aqui, a brancura das nuvens parece
irmanar-se com a do sal (01 -03
2008)
Salinas entaipadas
O Juarez meteu
conversa com o cavalheiro e, daí a pouco, é ele próprio que nos tira uma
fotografia, virados para o mar. Conversa puxa conversa e eis que nos diz que se
chamava Manuel.
- Manuel? … Atalhou
o “Sonhador”! E acrescentou:
- Manoel Gonçalves era o nome de Ilha onde
os portugueses tinham começado a extrair o sal. Agora, porém, estava submersa.
Ao dizer isto o Sr. Manuel indica-nos o local onde essa ilha e a primeira
povoação tinham existido.
Com o Casal Chagas entre a Ilha Manoel
Gonçalves e Macau(01 -03 2008)
De facto,
voltando-nos para o mar, avistava-se, a poucos quilómetros, a brancura das
ondas que embatiam nos rochedos e nos restos da tal ilha submersa. O encontro
com o Sr. Manuel, o pescador, foi mais uma prova de que “nada acontece por acaso”.
Se não fosse ele, teriam os três visitantes deixado Macau, sem ter visto o
local dessa tal ilha, onde os portugueses começaram a indústria do sal que,
hoje, tão importante e famosa, continua a ser em Macau do Brasil.
A linha branca, avistada ao longe, no mar,
mostra os
resquícios da Ilha Manoel Gonçalves, submersa (01-03
2008)
Depois que
foram dadas mais umas voltas, a observar o leito do rio e as costas do mar,
pôde verificar-se que este último continua, sorrateiramente, a assenhorear-se
da terra, como o demonstra a imagem que aqui fica para vossa apreciação. Assim
como engoliu a Ilha Manoel Gonçalves, assim poderá repetir essa façanha,
brevemente, vindo a submergir a rua da marginal onde hoje se erguem bares e
restaurantes rasteiros que oferecem também dormidas.
O avanço do mar é inexorável (01 -03 2008)
Outro aspecto do avanço do mar
De regresso, foi a Igreja
visitada. Aqui se encontra, ainda hoje, a Cruz que pertenceu à Igreja da Ilha
submersa, como se lê na placa que, aqui fica aposta, a seu lado:
Cruz que veio da Ilha Manoel Gonçalves
E a placa respectiva (01-03 2008)
De regresso a
Natal, soube bem um banho de chuveiro que nos refez da viagem. Enquanto eram
revistas as fotografias que tinham sido feitas, recordava com satisfação o dia
que tinha passado e agradecia a quem o tinha proporcionado.
Daí a pouco seriam
horas de sair para se proceder ao jantar e ao passeio nocturno que seria
dedicado às compras e ver se algo poderia ser encontrado como prendas que
agradassem a quem viesse a recebê-las!
Depois da
escrituração destas notas viu-se na Internet o noticiário sobre Portugal, sendo
surpreendido com a notícia que, aqui, fica transcrita, à letra:
01.03.2008 - 22h35 Lusa
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, recusou-se hoje a
comentar as manifestações espontâneas de professores contra a sua política e o
apelo à serenidade no sector feito pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
Instada pelos jornalistas em Gondomar, onde participou no encerramento
do 33º Congresso da Confederação Nacional das Associações de Pais, Maria de
Lurdes Rodrigues não quis pronunciar-se sobre as manifestações de professores
nem sobre o apelo de Cavaco Silva.
Milhares de professores manifestaram-se sexta-feira em Braga e Torres
Vedras e hoje no Porto, Viana do Castelo e Setúbal contra a política do
Ministério da Educação, reclamando a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues.
O Presidente da República fez hoje um veemente apelo à serenidade de
todos os agentes do sector da Educação, incluindo Governo e professores,
pedindo uma diminuição dos focos de tensão e que sejam emitidos sinais
positivos.
"Temos de ter um ambiente de confiança entre todos os
intervenientes no nosso processo educativo. É preciso que todos emitam sinais
positivos, porque o país tem de recuperar em matéria de qualificação dos
recursos humanos", frisou Cavaco Silva em Lisboa, nas comemorações dos 205
anos do Colégio Militar.
O articulista reproduzia uma imagem da Sra.
Ministra que mostra um ar de raiva, tristeza e sofrimento, ou talvez de saudade
dos seus tempos de estudante ou (quem sabe?) de “professorzeca”, se é que algum
dia exerceu essas funções com verdadeiro profissionalismo e sentido de missão!
A Ministra da Educação com ar
sofredor
A sua postura na foto manifesta bem a sua apreensão e, se fosse
verdadeiramente, inteligente, já há muito, teria revisto a sua política ou
teria desistido de tanta agressividade e de tão pouco sentido de democracia. Na
verdade, hoje em dia o sentido da democracia parece ter mudado, pois nas
escolas do nosso país reina o medo, tanto de falar abertamente com os colegas,
como de discutir ou pôr em causa as políticas do governo ou de fazer greve
porque frequentemente se ouvem “ditos” de que a polícia tem ordens de “olhar”
pela ordem nos espaços escolares! E para quê? Para instalar o medo e abrir
caminho à impunidade dos “senhores e senhoras que comandam mal”!
Bom, vou terminar com a Frase bem sintomática do dia cuja autoria pertence
a Daniel dos Santos Pinto Serrão[13]
que, hoje, completa 80 anos: "Os governos, todos, hoje não me
interessam. Não valem o dinheiro que nos custam!". ("Jornal de
Notícias", 01-03-2008).
4- Partida de Natal para Lisboa (02 de Março - Domingo)
Hoje, o nosso “Sonhador” ausentou-se de casa apenas pela manhã,
para ir à missa com a Prof. Fátima Chagas. Trata-se de uma igreja bem cuidada,
pertencendo o seu pároco à Congregação dos Padres Redentoristas. Gostou da sua
homilia, assim como do folheto orientador do acto litúrgico que foi distribuído
aos fiéis. No fim, o pároco fez a apresentação à Comunidade de todos os novos membros
que tinham sido eleitos para as diversas tarefas a serem desempenhadas na
paróquia.
De volta a casa, preparou as malas e esperou que a hora da partida
chegasse. Não lhe deu para escrever, nem para fazer qualquer outra coisa que
não fosse ver televisão, sobretudo o Canal português RTP Internacional, para
ver como se processava a vida nacional.
Ao almoço comemorou-se a sua estadia, em Natal, com uma garrafa de
vinho e com novos pratos da cozinha brasileira.
Três horas antes da sua partida, foi conduzido pelo Casal Chagas em
direcção ao aeroporto. À chegada, a Fátima Chagas pegou no seu bilhete e
Passaporte, abeirou-se do local do Check-in e, apresentando-os ao
funcionário, disse:
- “Prioritário”!
Perante a sua estupefacção, o rapaz pega no bilhete e no
passaporte do “Sonhador e Passageiro”, coloca gentilmente a sua mala e saco na
balança e dá andamento a tudo, deixando-o passanr à frente de todos os demais
passageiros.
- “Aqui, no
Brasil, quem tem mais de 65 anos tem prioridade em tudo”, explica-lhe a Sra.
Professora Fátima ”!
Ainda bem que assim é! Só manifestam que têm o sentido da educação
e que ainda sentem respeito pelos mais velhos, o que, em Portugal, já se
perdeu, infelizmente, há muito tempo!
Chegada a hora de chamada, e sem atrasos, foram convocados todos
os passageiros para se aproximarem da alfândega, o que se processou sem
sobressaltos, nem confusões, no que lhe dizia respeito. Não levava frascos de perfumes
nem garrafas de licores ou de álcool, coisas que normalmente dão nas vistas,
principalmente em tempos de ameaças de terrorismo! Mas houve quem passasse por
situação idêntica à do Adelino e da Tabita! Houve, de facto, também quem
necessitasse de sair da fila para ir pôr em ordem assuntos pendentes ou
relacionados com documentos, parecidos “duvidosos”!
Uma vez na sala de espera, ficaram todos à espera que chegasse o
momento do embarque! Mas a fila dos que deveriam passar pela Polícia Federal
era ainda grande. Apesar disso abriram as portas do avião e os passageiros
foram entrando aos bochechos. A espera continuava a prolongar-se. Até que, a
dado momento, o Capitão do avião anunciou o seguinte:
- “Senhoras e Senhores, lamentamos o atraso que se está dando, mas
a Transportadora Aérea Portuguesa nada tem a ver com isso. As portas do avião
estão abertas, já há bastante tempo, mas o atraso é devido tão-somente ao facto
de apenas estar um polícia a controlar os passaportes dos passageiros” Efectivamente,
assim era! Havia somente um “agente policial” a desempenhar essas funções, o
que levou imenso tempo! É pena que se tratem, desta forma, centenas de
passageiros que, assim, ficaram mal impressionados com o serviço de fronteiras!
Já com uma hora de atraso, lá partiu, finalmente, o avião, em
direcção a Lisboa, onde chegou muito atrasados, como já era de esperar. Também,
houve atrasos na recuperação da bagagem. Mas, felizmente, chegou em bom estado.
À porta de saída do aeroporto encontrava-se, à espera, a Tabita
que conduziu o recém-chegado a casa, após o que a pobre, teve de se dirigir à
sua escola, já mesmo à justa. Obrigado.
Passadas algumas horas, enviou um e-mail ao Juarez para lhe
agradecer, não só a ele, mas também à sua esposa, Fátima e filho por toda a
amabilidade que tiveram, para com o grupo e, sobretudo para com quem está
escrevendo. Foram todos uns amores e de uma paciência e amizade que jamais
poderão ser esquecidos.
5- No rescaldo da Ida ao Brasil
Relacionado com os contactos que tem havido com gente brasileira, chegou
a Lisboa no dia 01 de Março de 2008, o Senhor Professor Doutor António Chaves
com estadia marcada em Portugal até Dezembro para um estágio pós doutoramento
com a Professora Natália Ramos.
No dia 09 de Março, foi-lhes oferecido, juntamente com a
Professora, Natália Ramos, um passeio a Sesimbra, vila
portuguesa pertencente ao Distrito de Setúbal, região da Estremadura e
sub-região da Península de Setúbal, com cerca de 23 800 habitantes (2011). A professora Manuela
Pereira tinha reservado um restaurante nessa Vila, no qual foram servidos
petiscos à moda dessa localidade, levando-os igualmente a visitar o seu
apartamento de veraneio. Foi um dia maravilhoso.
Em Sesimbra no
apartamento da Professora Manuela Pereira
Da esquerda para a direita: Mª Tabita Almeida,
António Chaves, Natália Ramos e José Matias 09-03-2008)
Manuel Pereira e seus convidados
Tendo deixado a Professora Manuela Pereira em
Sesimbra, regressaram a Lisboa, passando pelo Cabo Espichel, onde fizeram
algumas fotografias à “Igreja de Nossa Senhora do Cabo, construída
entre 1701 e 1707, com uma arquitectura de “estilo chão” somada a alguns traços
de barroco. No século XVIII o seu interior é melhorado com a criação de dez
altares laterais pelos romeiros (círios), a par de trabalhos de pintura
dedicados à Virgem, no tecto a sua assunção e nos painéis laterais a sua vida.
No final desse século são retocados os altares dos círios, construindo-se
também a tribuna junto ao altar-mor”, conforme diz uma
placa que se encontra do lado esquerdo da Igreja, do lado de fora.
Conjunto do Santuário de Nossa
Senhora do Cabo ou da Pedra Mua (9-03-2008)
Existem, na zona do Cabo Espichel – Freguesia do Castelo, Concelho
de Sesimbra três jazidas que foram classificadas como Monumentos Naturais,
através do decreto nº 20/97 de 07 de Maio. Esses monumentos são directamente
administrados pelo ICNB.
Igreja de Nossa Senhora do Cabo ou da Pedra
Mua (09-03-2008)
A primeira jazida exibe umas pegadas de saurópodes (cinco pistas
bem conservadas), numa pedreira hoje desactivada, enquanto outras se encontram em
lajões muito inclinados. A segunda que é chamada Pedra da Mua e data do Período Jurássico Superior, encontra-se por baixo da
ermida da Memória no santuário da Senhora do Cabo e é formada por vários
trilhos de dinossáurios saurópodes. A terceira é a jazida dos Lagosteiros,
datada do Cretácico Inferior, situada face à anterior, na parte superior da
arriba que limita a pequena baía dos Lagosteiros. Destaca-se, aqui, um trilho
longo de um dinossáurio bípede.
A propósito destas jazidas, encontra-se um artigo na Internet[14] que, ao reportar-se aos achados desta natureza no nosso país,
refere, precisamente, os trilhos encontrados no Cabo Espichel, dizendo:
A jazida da pedreira do Avelino (Sesimbra), que
data de há cerca de 150--155 Ma, é constituída por uma laje inclinada com
pegadas de diferentes dimensões. A morfologia das impressões e a estrutura das
pistas indicam que foram saurópodes que as produziram (herbívoros quadrúpedes
de grandes dimensões que viveram entre os períodos Cretácico e Jurássico).
Ainda no concelho de Sesimbra, o Cabo Espichel conservou impressões de
saurópodes do Jurássico superior. Trata-se de um dos exemplos mais convincentes
do comportamento gregário destes dinossauros. Na região de Sintra, a jazida.
Exemplares do Cabo Espichel
Sobranceira à falésia contempla-se ainda uma capela de
arquitectura curiosa. De forma quadrada, é encimada por uma cúpula, que termina
por um espigão como se fosse um barrete ou campainha. Há quem diga que esta
espécie de capelinhas, à beira mar, ou melhor, nos promontórios, é de origem
fenícia. De facto, os antigos fenícios usavam barrete vermelho e adoravam
Astarte[15], cuja
cor, na sua plenitude, era o vermelho!
Capelinha do Cabo
Espichel (09-03-2008)
No seu interior existem apenas alguns azulejo, em mau estado. A
imagem que ali se conservava desapareceu. Talvez a tenham levado para restauro!
Ou será que desapareceu, por completo?
O que, ali (Cabo Espichel), se nota, fazendo uma comparação com o
que se via, há alguns anos atrás, é o restauro da Igreja que está muito bonita.
No momento em que ali chegou o nosso
grupo, estava decorrendo a celebração da missa, encontrando-se completamente
cheia. Mesmo fora dela, o espaço entre as duas alas dos dormitórios estava
completamente ocupado por viaturas de fiéis e de turistas.
Outra particularidade: à entrada deste último espaço
encontravam-se várias tendas de vendedores, nomeadamente de artesanato de
madeira, de verduras, de conchas e de pedras semi-preciosas, colares e de
outras bugigangas decorativas. Fizeram-se algumas compras, como um molhinho de espigos
(grelos de couves) e outro de coentros. Fizeram-se igualmente algumas
fotografias comemorativas deste dia oito de Março de 2008.
Professores Natália
Ramos, António Chaves e Tabita Almeida
Entretidos nas compras (09-03-2008)
De regresso a Lisboa, e já prestes a passar a Portagem da Ponte 25
de Abril, conseguiu-se contacto com o Juarez. Tanto a Professoras Natália e
Tabita, como aquele que escreve, demos-lhe os parabéns pelo seu aniversário,
respondendo-nos que já tinha recebido a mensagem que já lhe tinha sido enviada
por e-mail e que se encontravam à volta com
uma garrafa de bom vinho português, celebrando esse feliz evento.
Às 22:36 horas, enquanto se esperava pelo Tiago que tinha ido à
casa da Professora Isabel para receber uma explicação de Matemática, fez-se um
telefonema à Dra. Vendia, sobrinha da Professora Ieda Franken, em cuja casa se
tinham hospedado os conferencistas aquando da sua participação no Seminário Internacional
de que já se falou anteriormente nesta crónica.
Não conseguindo ligação para o seu celular, telefonou-se para o
telefone fixo (0055/83/32 475.718), tendo atendido o Magno, filho mais velho da
Professora Ieda. Foi, para ambos, uma satisfação. Agradecimentos por toda a amabilidade
foram daqui enviados e em resposta ficou a certeza de que a sua casa estaria
sempre aberta a futuras deslocações a João Pessoa. Daqui seguia a mesma certeza.
A casa de Apelação estaria sempre às ordens da Mãe, filhos e sobrinha, sempre
que estivessem na disposição de quererem aproveitar de uma estadia em Portugal.
Foi, também, hoje que se soube a notícia de que o espanhol,
António Camacho se demitira do comando da Equipa de Futebol do Benfica, seis
meses após ter assinado com o Clube das Águias. Eis o teor da notícia:
Seis meses após ter regressado à Luz para "salvar" a
época iniciada por Fernando Santos, José António Camacho demitiu-se domingo do
comando técnico do futebol do Benfica, admitindo que “a falta de
motivação que vejo nos jogadores não é normal". Por
isso, estando convicto de “ser incapaz de motivar os futebolistas do clube” e
querendo mostrar que nada tem contra este, mas pelo contrário, desejando
proporcionar-lhe uma saída airosa, pediu ao presidente do Benfica, Luís
Filipe Vieira, para encontrar outro treinador: "Para que os jogadores
rendam mais".
Em seu lugar, o adjunto Fernando Chalana assumirá o comando do
Benfica até ao fim da temporada, segundo palavras do Filipe Vieira. O antigo
jogador da Luz sucede assim a José António Camacho no comando das águias.
6- Dia 10 de Março de 2008
Hoje, começou o mau tempo, por volta das 10:00 horas. Alguém da
casa apanhou a roupa do João Firme, pois ele não teve tempo de a apanhar. Ainda
mal a roupa tinha acabado de ser apanhada e eis que a chuva apanhou que dela
queria fugir! Felizmente que os animais já se encontravam recolhidos e as
galinhas na capoeira.
Amanhã, por volta das 20:00 horas, o Professor António Chaves vai transferir-se
da casa da Apelação para ir residir no apartamento da Lina Paula (nas Torres da
Bela Vista, em Santo António dos Cavaleiros). Calhou bem, tanto ao professor,
como à Lina Paula, pois, deste modo, o primeiro poderá estar mais à vontade e
trazer para junto dele a sua esposa e filha e a Paula terá uma fonte de receita
para a ajuda do aluguer do quarto, em Londres, para onde foi leccionar a língua
Portuguesa a filhos de emigrantes Portugueses, ali residentes. Da parte dos
donos da casa da Apelação fica a certeza de poderem contar com eles sempre que
for necessário.
Ao abrir as notícias no Sapo pôde verificar-se, o que aliás já era
sabido, por telefonema do Jorge Rodrigues, que em Moçambique estava passando o
Ciclone “Jokwe”. Segundo notícia da Agência Lusa, dada às 11:38 horas, deste
dia 10 de Março, “os distritos de Dondo, Chemba, Marromeu e Chinde, na
província de Sofala, centro de Moçambique, estão sob alerta vermelho, devido à
aproximação desse ciclone que já matou seis pessoas nas províncias da Zambézia
e Nampula”.
A notícia acrescentava ainda:
“Em conferência de imprensa, o
director-adjunto do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João
Ribeiro, adiantou que até às 10 horas de hoje, o "Jokwe" seguia para
sul em direcção a Sofala e poderá atingir nas próximas 24 horas este ponto do
país, o que levou a que se accionasse o alerta vermelho para os distritos de
Chemba, Marromeu, Dondo e Chinde.
Ribeiro referiu que estão
activados todos os meios de prevenção para enfrentar o ciclone, no âmbito do
plano de contingência já em curso na sequência das cheias que tem assolado o
país desde Dezembro do ano passado.
Entretanto, o número de pessoas
mortas devido ao ciclone subiu de quatro para seis, quatro no distrito de
Mongicuala e duas no distrito de Angoche, na província de Nampula (norte).
O número de feridos subiu também
para seis, de acordo com o último balanço feito hoje pelas autoridades da
passagem do "Jokwe" pelo norte do país.
Um total de 9116 casas foram
totalmente destruídas e 996 ficaram parcialmente danificadas nas províncias de
Nampula e Zambézia, de acordo com o balanço dado esta manhã pelo
director-adjunto do INGC. (PMA)”
Com este ciclone já estamos a sofrer, nós próprios, dizia o Jorge
Rodrigues, pois levou metade do telhado e derrubou uma parede de um armazém da
Plantação de Saua-Saua da Tabita. Quer dizer: “não há bela sem senão!”
Na listagem publicada a 05 de Março relativa ao VII Congresso
Luso-brasileiro de História da Educação, Cultura Escolar, Migrações e Cidadania
a realizar na cidade portuguesa do Porto, foi aprovado o trabalho do nosso “Sonhador”,
cujo resumo sobre “Manuel de Sá – Da Diáspora e Interculturalidade à Justiça e
Cidadania” já tinha enviado, há já alguns meses.
Porém, como este tema tinha sido proposto em João Pessoa e como
este Congresso do Porto se inscreve na área de Circulação de ideias, discursos
e modelos educativos, manuais, imprensa e iconografia, preferiu-se modificar o
tema proposto e apresentar um outro subjugado ao tema Manuel de Sá
(1530-1596): Defensor da Justiça.
Neste mesmo dia, seguiu um e-mail para a Professora Fátima Dantas,
a fim de lhe agradecer o passeio que lhe tinha sido proporcionado a Touros e praias
das cercanias, nomeadamente às de São Miguel do Gostoso e de Maracajaú, como já
houve ocasião de referir.
[1] E esteve sob a
Administração portuguesa desde o século XVI até 20 de Dezembro de 1999,
data em que passou para a Administração Chinesa, através de um Acordo
bilateral.
[3]
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a7/Macau-CIA_WFB_Map.png
[4] http://www.macauhub.com.mo/brasil/news.php?ID=20
(01-03-2008)
[7] Foi ele administrador das terras de Bento José da Costa e
veio da ilha de Manoel Gonçalves para fundar Macau (http://trindade.blog.digi.com.br/2007/10/09/uma-viagem-a-macau-dos-martins-ferreira
). Segundo este site, este capitão Ferreira tinha ligações com Macau,
visto ter família que aí viveu.
[9] Getúlio Moura [On-line]
[Consult 27-02-2008] Disponível em http://macau80.blogspot.com/
[11] http://www.macau.com.br/conheca.php
(27-02-2008)
[12] Canal do Tempo: Médias e Registros http://br.weather.com/weather/climatology/BRXX2430
(01-03-2008).
[13] Nasceu em Vila Real, nascido em Vila Real, médico e membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da
Vida.
[15] Estamos perante uma divindade que remonta
à mitologia dos povos sumérios e acádios, como se deduz do livro bíblico
Génesis (cap. 10,10), onde Astarte é denominada Ishtar ou Inanna. Será esta mesma divindade que, mais tarde, entre
os gregos chamar-se-á Afrodite e Hera e entre os Egípcios levará o nome de
Isis, ou, talvez Hator, segundo alguns autores. Terá aparecido depois da décima
oitava dinastia, no relato da batalha entre Horus e Seth, onde a sua identidade
poderia ser equiparada com Anat. Na mitologia suméria e acádica Ishtar/Astarte
era irmã de Shamash que na Bíblia aparece com o nome de Camoesh, Camos ou
Quemós. Várias são as passagens bíblicas onde aparece. Por exemplo.: I Reis,
11,36, II Reis, 23,13. Aparece o seu nome associado a Baal em Juízes 2, 13; I Reis
18,19. Em Biblos Astarte tinha o nome de Baalate que era a forma feminina de
Baal. O principal culto que era prestado a Astarte era no equinócio da Primavera, sendo-lhe
atribuído o culto da fertilidade e da sexualidade.
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