Wednesday, April 3, 2013

SONHO DE AVENTURA (IX) APRESENTAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES



Conteúdo

1- Digressão pelo Sul de Florianópolis (23 de Agosto – Sábado)

Por volta das 5 e tal da manhã toca o telefone da Tabita. Era o Tiago que, de Apelação, queria pedir à avó para que o seu irmão, ficasse num quarto diferente do dele.
A hora de acordar foi a mesma dos dias anteriores, assim como a hora do pequeno-almoço. Também este foi idêntico ao dos dias anteriores: as mesmas qualidades de fruta, de sumos, de pão e de peguilho[1] ou condimento.
Após este, dirigimo-nos ao carro para sairmos. Mas cansámo-nos de esperar pelo Adelino que tinha ido à casa de banho! Chegado ao carro disse-nos que tinha estado a ver o noticiário na televisão da portaria, dizendo que o rapaz, de 16 anos, que tínhamos visto ontem a ser levado pela polícia tinha assassinado um outro de 21. Ainda antes de partirmos telefonei à Samanta, ficando a saber que tudo estava bem em Portugal.
O nosso destino, hoje, era o sul da Ilha. TC 405, em direcção a Ribeirão da Ilha. Logo à saída, depois do túnel, Deputada Antonieta de Barros, do lado esquerdo, a zona que fica entre a Rua Manoel Gualberto dos Santos e a Rua Deputado Antônio Edu Vieira e que faz parte do Bairro “Saco dos Limões”, é um alfobre de habitações relativamente pobres comparativamente ao centro da cidade, parecendo mais favelas do que bairros nobres. Mas diziam-nos que esse casario imenso tinha um alto nível de vida, pelo que não podiam comprar-se às favelas do Rio ou de outras cidades brasileiras.
Casario após a saída do Túnel via Expressa Sul.
Ao chegarmos ao cruzamento da Rodovia SC – 405 com a 144, tomámos esta última e dirigimo-nos a Ribeirão da Ilha. Após alguns metros entrámos em piso de paralelepípedos. Poucos depois encontrámos o Restaurante “Porto do Contrato”, onde entrámos para almoçar. Escolhemos uma Feijoada de peixe que estava divinal e pela qual pagámos 89.00 R$, ficando a conta à pala da Tabita.
Placa comemorativa do Contrato, no Restaurante “Porto do Contrato”
Deixando o restaurante, seguimos viagem, fotografando as estâncias da cultura de ostras que são muito abundantes ao longo de toda a costa, até à ponta da Ilha. A dado momento, entrámos numa pequena aldeia, onde se encontrava uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Lapa. Em frente a esta e ainda fora da capela, algo despertou a nossa atenção pela arquitectura. Mas, ao entrarmos ficámos espantados ao verificar que já não era uma capela dedicada ao culto cristão, mas sim, um Centro de Artesanato.
Admirámos, então, os vários artigos expostos e, de maneira particular, as rendas de bilros. Dª Alva, assim se chamava a artista desta obra de arte, mostrou-nos como se trabalhava essa renda, maravilhando-nos com as suas mãos e dedos engenhosos. Com a sua permissão fotografei-a, de modo a poder ser recordada na posteridade.
Dª Alva trabalhando nas rendas de bilros. (J.C.M. Agosto 2008)
Seguindo mais adiante, fomos notando quão diferente era esta região da do Norte. Enquanto esta última apresentava um ar de desolação pela ausência de movimento e de gente aí radicada, na zona Sul apresentava um aspecto de vida efervescente. Muita gente nova, ao longo das ruas, despreocupados e apresentando ares de quem vive bem. Viam-se muitas fábricas de madeira, muitas habitações construídas neste material, razão dando à densa floresta que se estende, desde o sopé até ao topo dos montes de carácter vulcânico. As casas ocupavam a orla do mar e tão junto a este que mais pareciam serem suas filhas agarradas tenazmente às saias verdes da respectiva mãe. A Tabita ficava admiradíssima com esta proximidade entre os humanos e o mar!
- “E quando este se altera, não inundarão as dependências daquelas?”, perguntava ela.
Mãos hábeis, entrelaçando os bilros
Outros artigos entre as Artes do Ribeirão
Pela mesma estrada, em pedra, seguimos até Caieira da Barra do Sul, que é considerada a mais bela paisagem do Sul da Ilha. Ultrapassando esta, embrenhámo-nos pela mais intensa floresta, cravejada por algumas poucas moradias quase a abraçar a Praia dos Naufragados. Chegámos, praticamente, a um beco sem saída, do qual regressámos pela mesma Rodovia Baldicero Filomeno que corta todo o Ribeirão da Ilha (um dos primeiros centros de colonização de Florianópolis) até reencontrarmos o cruzamento entre as Rodovias 144 e 405, para retomarmos esta última em direcção ao Morro das Pedras.
Ladeando a Lagoa Peri que ficava à nossa direita, descemos até à Praia da Armação e Matadeiro, do lado esquerdo. Seguimos, depois, para a Costa de Dentro, Açores e Solidão que nos pareceu o fim do mundo. A certo ponto não havia mais estrada, mas trilhos. Regressámos, por isso, dirigindo-nos a Pântano do Sul, onde encontrámos um recanto piscatório. Tirámos algumas fotos, tanto à aldeia, como às ilhas irmãs que se avistavam ao longe, dando a sensação de constituírem um tríplice cofre de sonho e de mistério!
As Ilhas irmãs
Continuámos a nossa viagem, parando em Armação do Pino, onde parámos para fazermos umas fotos ao mar que, se encontrava repleto de ninhos de ostras.
Cultura de ostras
Um pouco mais adiante, entrámos no Supermercado Hiper Bom, sito na Rodovia SC 406, onde admirámos algumas espécies de batata (batata salsa que é branca, mas com forma de cenoura) que custava 2,39 o Kg e de abóbora (cabuita), que custava 1R$ o Kg e que, segundo o gerente, se come depois de cozinhada em panela de ferro, levando açúcar castanho de cana. As compras que eu paguei, ficaram na módica quantia de 4,37 R$.
Durante toda a viagem pudemos verificar e admirar a limpeza que sempre se verificava em todos os ponto por onde passámos; ruas, praias, etc! Isto demonstra o alto grau de civismo que reina por aqui.
Qualidades de couves e abóboras brasileiras
Chegados ao hotel, o Adelino e eu sentámo-nos a ver algumas modalidades olímpicas na TV, enquanto a Tabita se dedicou ao trabalho de beleza, pintando o cabelo com um produto que tinha encontrado no dia anterior, numa farmácia da capital.
De seguida, eu pus a minha crónica em dia, enquanto eles foram para o refeitório, continuar a comunicação em comum e cujo termo é almejado, já há muito tempo! Veremos se é desta!
Aqui termino a descrição do dia de hoje, momento em que estão a dar a notícia do incêndio em Belas. São as 04:00 horas em Portugal e as 20:00 no Brasil.

2- Encontro com as Irmãs gémeas Ramos (Domingo 24 de Agosto)

Levantar à hora de costume e, come já habitual, o primeiro a utilizar a casa de banho fui eu, dando a possibilidade aos companheiros de prolongar, por mais alguns minutos o seu repouso.
Terminado o pequeno-almoço que continuou a ser igualzinho ao dos dias anteriores, mas sempre abundante e servido com muito asseio, dirigimo-nos ao “apto” cujo significado já, hoje, conhecem o Adelino e Tabita, para continuarmos o nosso estudo. A Tabita e o Adelino voltaram ao mesmo local do crime ou da tortura – o refeitório – para terminarem, ou pelo menos darem um avanço nos gráficos da sua apresentação em comum, ficando eu no dito “apto” a aperfeiçoar a minha própria.
Por volta das 13 horas, e já de regresso do trabalho, com o intuito de irmos almoçar, recebemos um telefonema da Professora Natália Ramos a comunicar-nos que ela e a sua irmã, Professora Conceição, já se encontravam no Hotel Baia Norte (Av. Beira-Mar Norte, nº 200, quarto (Apto) 224, Telefone 48 32293144) e a perguntar se podíamos ir ao seu encontro para estabelecermos, em conjunto, não só a Ida à Universidade Federal e o modo de nos inscrevermos, na parte da manhã, mas também a apresentação dos livros, da parte de tarde. Ficou, pois, combinado ir ter com elas hoje, à noite. Esta hora, avançada, dava mais jeito à Tabita e Adelino, porque, assim, poderiam terminar a redacção da sua Comunicação.
Saímos, logo a seguir, para ir almoçar. Como era domingo e na zona do mercado estava tudo fechado, fomos procurar o Centro Comercial, onde escolhemos um almoço à base de carne – tudo a peso –. Gostámos e, no fim, pagámos, pelos três, o montante de 73 R$, o que equivale, mais ou menos, a 11 € por pessoa.,
Depois de termos dado uma voltinha pelas lojas para a Tabita matar saudades, descemos ao rés-do-chão; à saída pedimos um cafezinho que aqui, em Florianópolis pode ser “com acompanhamento” (bolinhos, bolachas, ou chocolates) ou sem ele. O açúcar é já subentendido o que assim não entendeu o Adelino, pois respondeu à menina que só o queria com açúcar! O Cafezinho que nós chamamos de “expresso”, pode ser “pretinho” ou “branco” conforme ele for só ou pingado!
A Tabita comprou também um sortido de frutos secos, torrados em açúcar, constando de uma grande variedade, por exemplo: amêndoas, nozes, caju, e outros frutos. O Adelino, cegou ao ver o caju. Ele, na verdade, até já é proprietário de alguns cajueiros que têm raízes na plantação moçambicana da Tabita, estando, por isso, a antecipar a sua reforma, gozada à sombra dessas árvores abençoadas!
Depois da barriga “compostinha” e da boca bem adoçada, dirigimo-nos ao carro para nos regressarmos ao hotel. Aqui chegados, cada um dirigiu-se ao melhor local de trabalho para continuarmos com as tarefas respectivas. Eu, porém, peguei na minha crónica, escrevendo o que aqui ficou exarado. À noite veremos se haverá algo a ser acrescentado. Agora, porém, regresso à minha Comunicação para a abreviar, tanto quanto possível, pois terei 15 minutos apenas para a apresentar.
Como a Tabita e o Adelino não tinam ainda terminado o trabalho, tiveram que telefonar à Professora a fim de lhe pedirem para adiar o encontro para o dia seguinte, o que ela aceitou, dizendo que, até lhe calhava bem porque também ela tinha alguns afazeres que deveriam ser ultimados, ficando marcado o encontro, por conseguinte, para o dia seguinte, às 11:00h, no Hotel Baía Norte.

3- No Hotel Baía e Inscrições em novo Colóquio Internacional (25.08.08: 2ª-feira)

Acordámos à mesma hora. O Café da manhã constou das mesmas iguarias. Após a refeição metemo-nos ao trabalho. A Tabita e o Adelino foram para a sala de entrada e eu fiquei no quarto. Mas, a dado momento, eles voltam para o apartamento, devido ao barulho que existia na sala onde se encontravam. Terminaram o “primeiro termo” às 10.30h.
Às 10:45 partimos para o hotel Baia para nos encontrarmos com as professoras Natália e Conceição Ramos, seguindo, imediatamente para a Universidade, a fim de ali fazermos as Inscrições. Simultaneamente partiam para o mesmo destino, num táxi, as Professoras Neuza de Farias e Maria Penha Coutinho. Uma vez chegados universidade reencontrámo-las e fizemos novas apresentações, recordando velhos tempos de Lisboa, seguindo para os guichets das inscrições.
Ficámos espantados, ao dizerem-nos que a nossa inscrição não existiam!
- “Como é possível, se tudo foi programado em Lisboa?” Perguntou, admirada a Professora Natália.
- “Alguma coisa se perdeu, mas podem fazê-la, agora, sem problema”, respondeu a Menina que estava no atendimento.
Lá nos colocámos na fila e procedemos à dita inscrição pela qual pagou cada um 30. R$.
Na Universidade Federal de Santa Catarina depois das inscrições
De seguida a Professora Neuza de Farias quis inteirar-se da situação da sala onde iríamos apresentar as nossas Comunicações, pelo que nos dirigimos ao edifício dedicado às ciências económicas, Bloco B. Uma vez, ali chegados, verificámos que a sala não possuía Data Show, para as apresentações. Uns ficaram desesperados, tanto a professora Penha, como a Tabita e o Adelino cujos trabalhos comportavam muita estatística e muitos gráficos. Dirigimo-nos ao secretariado para requisitar um aparelho, mas foi-nos dito que não havia número suficiente desses aparelhos e que nós não o tínhamos requisitado quando nos inscrevemos, em Portugal. Incongruência total, pois tínhamos feito isso mesmo, como pediam no boletim de inscrição!
Terminada a inscrição e feitas as démarches anteriores, o grupo dividiu-se. As professoras Conceição e Neuza procuraram, ali perto, um restaurante, enquanto as professoras Natália, Penha e nós fomos almoçar ao Centro Comercial, ficando o almoço de nós os três em 66,66R$.
Regressámos, de novo, à Universidade para expormos alguns livros: um que pertenciam à autoria das duas irmãs Ramos e a outras colegas e um no qual nos os três tínhamos também participado.
Professoras Conceição Ramos, Natália Ramos Neuza de Farias e os Mestres Maria Tabita Almeida e Adelino Antunes, na apresentação dos respectivos livros:
Professoras Conceição, Neuza e Natália Ramos e o autor desta crónica
De seguida a Professora Natália e o Adelino foram cambiar Euros por Reais na Agência Ivomar Tours, local onde o câmbio ficou mais em conta, pois um euro deu 2,42 R$. E passados que foram uns dois ou três quartos de hora as Professoras Natália e Penha foram ao cabeleireiro, enquanto nós fomos prolongar o aluguer do carro até sexta-feira, à hora da chegada ao Aeroporto, ficando tudo por 410 Reais, soma paga pela Tabita.
4- Com a Professora Penha Coutinho (26 de Agosto – 3ª-feira)
No dia 26 fomos buscar a Professora Penha ao seu hotel (Óscar). Quando nos dirigíamos ao hotel Baía Norte para tomarmos as professoras Natália e Conceição Ramos, enganámo-nos no caminho, atravessando a ponte para o lado continental. Foi uma maneira de irmos até ao Continente Brasileiro.
A Penha, então saiu-se com esta:
-“Será que foi por causa de eu deixar cair o café na minha camisa branca? Eu, nesse momento, pensei que algo poderia acontecer de azar!”
- “Oh Penha, deixe-se lá de coisas ou crendices! Aconteceu porque nós não conhecemos bem a cidade!”, atalhou a Tabita.
Chegámos ao hotel Baía Norte às 11:06h. Daqui, partimos para o aeroporto a fim de resolvermos o problema da mala da Professora Natália, pois tinha-se estragado durante a viagem. Já lhe tinham prometido que viriam buscar a mala ao hotel, mas nunca tinham aparecido. Então, o nosso objectivo foi levarmos, nós próprios, a mala ao aeroporto para a entregar, a ver se eles a mandavam compor ou davam uma outra, em sua substituição.
Ao chegarmos ao aeroporto, dirigimo-nos ao balcão de atendimento da TAM, mas a menina que lá se encontrava, mandou-nos ao balcão do check-in. Aqui um, senhor recebeu a mala danificada e prometeu de mandá-la ao hotel nesse mesmo dia, à noite, ou, o mais tardar, no dia seguinte, de manhãzinha! A Professora bem se lamentou e bem frisou que deveria pegar o avião no dia 29 de manhã, mas vamos ver se ele é fiel à sua promessa!
5- Na Sala de Conferências (26 de Agosto (Terça-feira)
Do aeroporto, voltámos ao centro, dirigindo-nos à Universidade, onde comemos uma sanduíche, após o que passámos à sala de conferências: nº 210, Bloco B do edifício de Economia. Já na sala, fui buscar o computador para a Professora Penha o utilizar na apresentação da sua Comunicação. Na primeira sessão do dia intervieram a Prof. Conceição, a Prof. Penha e um cavalheiro de nome….
Professora Neuza de Farias, Moderadora de Mesa
e Professora Conceição Ramos apresentando a sua Comunicação
Predispus-me para fotografar, mas a Tabita insurgiu-se contra esta minha atitude, dizendo que as pessoas não deveriam gostar…. Parei, mas só depois de ter feito as que se seguem:
Professora Maria Penha Coutinho apresentando a sua comunicação e o seu auxiliar, Adelino Antunes
Professora Natália Ramos apresentando a sua Comunicação, ladeada por sua irmã, Conceição
Após a primeira sessão e logo que começou o intervalo saímos para ir procurar um dentista, para a Tabita concertar o seu dente que lhe havia caído. Fomos, então, ao Centro comercial, onde já tínhamos ido para o Adelino consultar o oftalmologista e, aí, encontrámos um consultório, onde trabalhava uma médica, que, nos disse estar em plena função com uma cliente e que só poderia atender a Tabita às 6:00 da tarde. Regressámos à hora marcada, mas a Tabita só foi atendida meia hora depois.
No fim verificámos que era uma senhora muito simpática, chegando a trocar com ela cartões de visita. Ficámos também a saber, por sua própria iniciativa, que, para além de dentista, ela era, também, artista!
À noite fomos, em conjunto (Neuza, Natália, Conceição, Penha, Tabita, Adelino e eu próprio), jantar ao Restaurante chamado “Café Colonial”, onde se serve a refeição à maneira do café à antiga, sendo constituído por vários pratos leves. Gostámos, mas eu esperava outra coisa mais recheada. Pagámos 21 R$ por pessoa e 10 pelo parque. A Professora Neuza explicou que, actualmente já não servem como costumavam. Tudo muda, minhas senhoras! Até o recheado café à antiga portuguesa, ou melhor, como o faziam os colonos do antigo Brasil que, apesar de ser dos colonos, era bom e ficou sendo apreciado pelos que deixaram de ser colonizados!
Regressámos, então, ao hotel, sendo o pessoal distribuído em duas corridas com o nosso carro de aluguer. Na primeira foram as professoras Neuza, Natália, Conceição e Tabita enquanto na segunda foi a professora Penha e eu. Durante o tempo em que fiquei a fazer companhia à Professora Penha, tive a oportunidade de conhecer melhor a sua personalidade e a sua família, pois ela foi-me contando muita coisa sobre esse assunto. Gostei imensa desse bocadinho que, certamente, não esquecerei!

6- Comunicação da Tabita e Adelino (27 de Agosto – 5ª-feira)

Neste dia, foi o dia das comunicações da Tabita e Adelino e, da minha. A Comunicação dos primeiro que devia ser no dia 28, na primeira sessão da tarde, foi permutada com a da Professora Natália que estava marcada para o dia 27 (2ª sessão da tarde). A razão desta permuta ficou a dever-se ao facto desta professora ter de ler a comunicação de uma outra senhora Professora que se viu impossibilitada de o fazer, por ela própria, uma vez que não, tendo alcançado a bolsa da Gulbenkian, não pôde comparecer em Florianópolis.
Comunicação de Tabita Almeida e Adelino Antunes, estando no uso da palavra a primeira
Tanto essa Comunicação, como a minha que foi a última da primeira sessão deste dia, correram bem, sendo muito apreciadas pelos assistentes. A Professora Penha e uma outra senhora (desconheço o nome, agora, mas que será rectificado, quando tiver à mão o livrinho…) pediram-me para que as deixasse gravar na respectiva, pen a minha comunicação, sobretudo os slides correspondentes.
A Tabita e o Adelino foram os primeiros na segunda sessão, seguindo-se a Professora Natália (a ler a Comunicação da outra colega ausente), o Dr. Gustavo Spíndola Winck (PUC-RS), Dra Ana Moreira dos Santos e Mangabeira-Recôncavo em conjunto com Alaíze dos Santos Conceição. A última Apresentação não teve classe alguma, como os meus colegas todos contestaram, incluindo a Prof. Natália e Penha.
Note-se que a nossa Mesa se inseria no SIMPÓSIO TEMÁTICO 29 – RELAÇÕES DE PODER E GÉNERO, sendo coordenadoras: Neuza de Farias Araújo (UnB), Maria da Conceição Ramos (Universidade de Porto), processando-se na Sala 201 do CSE nos dias 26 ao 28 de Agosto de 2008[2].
Dr. Gustavo Winck na presentação da sua Comunicação

7- Distribuição dos diplomas e despedida (27 Agosto – Quarta-feira)

Durante o intervalo, a menina que representava a Organização do evento, distribuiu a alguns participantes o seu Diploma de participação (o da Tabita e o meu, inclusive).
Depois de nos despedirmos da Universidade de Florianópolis, dedicada ao Professor João David Ferreira Lima, seu primeiro Reitor, dirigimo-nos ao Centro Comercial Itacorobi ou Itaguami (?), onde, depois de estacionarmos no G1 C, procurámos as profª Neuza e mais três colegas cujos nomes ignoro que se encontravam na porta principal, pois tinham vindo de táxi. Depois de as ter localizado, dirigimo-nos a uma livraria à procura dos livros que nos tinha encomendado a Samanta, mas, infelizmente aconteceu-nos o mesmo que já nos tinha acontecido em outras cinco livraria: não tinham e só por encomenda era possível tê-los.
Universidade Federal de Santa Catarina (RGS)
Placa comemorativa e Estátua do Professor João David Ferreira Lima
 O seu busto no jardim da Universidade
Procurámos, depois, o restaurante que melhor nos agradasse. As professoras Conceição, Natália, Penha, Tabita e o Adelino e eu preferimos o restaurante chinês que, se nos agradou pelo aspecto, nos encheu pela qualidade da comida. As professoras. Neuza e companheiras preferiram um bufete que se encontrava exactamente em frente à mesa onde nós estávamos sentados.
  
No Centro Comercial Itacorobi ou Itaguami
Na direcção dos ponteiros do relógio: Profa. Conceição Ramos, José Matias,
Tabita Almeida, Profa. Penha Coutinho e Profa. Natália Ramos
Recolhemos aos hotéis, levando as duas Professoras irmãs Ramos ao Baía Norte Palace Hotel (Av. Beira Mar Norte, 220 – Centro Fone (48) 3229-3144; reservas@baianorte.com.br) e a Professora Penha ao hotel Óscar (Av. Hercílio Luz, 760 – Centro; Fone (48) 3222-0099; reservas@oscarhotel.co.br), seguindo, depois, para o nosso – Hotel Daifa – em frente ao Iate Clube Veleiros (Rua Professora Maria Júlia Franco, 294- Prainha/Centro; Fone (48) 3225-0435; reservas@hoteldaifa.com.br).
Antes de nos deitarmos, a Tabita preparou-nos um óptimo fruto que muito nos consolou e nos predispôs para dormir melhor.

9- Visita ao Norte da Ilha com Penha, Natália e Conceição Ramos (28 de Agosto)

Levantámo-nos, mais cedo, para termos dar tempo à Tabita e ao Adelino de passar pelos dois hotéis (Óscar e Baía Norte) e recolherem as Professoras Penha, Conceição e Natália, a fim de as levarem a visitar o norte da Ilha.
Como, no automóvel, não havia lugar para mais um, eu fiquei no hotel, aproveitando esta oportunidade para pôr em dia o meu diário, descrevendo o que fizemos nos dias 26 e 27. Trabalhei no hall de entrado do hotel Daifa, sendo perturbado, não só pela chegada e partida de pessoas singulares ou por grupos que se fotografavam em recordação da sua passagem por Florianópolis e pelo hotel Daifa, como também pela corrente de ar frio que se sentia, devido à porta que estava continuamente a abrir e a fechar e  à frecha que havia na janela e que não fechava completamente, apesar de eu tentar fechá-la. Continuei assim até terminar de escrever, o que aconteceu, precisamente, às 11:21h.
Noticiário de Portugal através da Net.A partir dessa hora, abri a Internet para ver o noticiário sobre Portugal. De entre as várias notícias, eis as que mais me interessaram:
·        (28.08-2008, às 13:59h).
O ministro da Presidência reconheceu que os dados do primeiro semestre apontam para "algum aumento da criminalidade violenta", que são "situações que não devem ser minimizadas", mas assegurou que o Governo está a "adoptar as medidas necessárias
·        PJ detém homem que assaltou dez bancos em 2008
·        A Polícia Judiciária anunciou a detenção de um assaltante de  cerca de 40 anos que já tinha executado dez roubos a bancos em 2008. Este assaltante, que não tinha antecedentes criminais, recorria sempre a uma arma de fogo e a adereços de disfarce.
·        A Polícia Judiciária anunciou, esta quinta-feira, a detenção de um homem que assaltou dez bancos desde o início de 2008, sempre com o recurso a uma arma de fogo, uma detenção que foi feita no Carregado.
·        Numa nota enviada à agência Lusa, a PJ explicou que foi complicado localizar este assaltante de cerca de 40 anos, uma vez que este homem não tinha quaisquer antecedentes criminais e policiais e «actuava com um raro à-vontade».
·        Ainda segundo a PJ, que apreendeu uma arma e diversos adereços de disfarce, este assaltante actuava sempre «de óculos escuros, chapéu e outras peças de vestuário que dificultaram a investigação».
·        Às 14,51 horas as notícias repetem-se:
·        Governo reconhece aumento da criminalidade violenta.
·        O ministro da Presidência reconheceu que os dados do primeiro semestre apontam para "algum aumento da criminalidade violenta", que são "situações que não devem ser minimizadas", mas assegurou que o Governo está a "adoptar as medidas necessárias".
·        "Os dados apontam para algum aumento da criminalidade violenta e grave no primeiro semestre", quando comparado com os primeiros seis meses de 2007, admitiu o ministro Pedro Silva Pereira, no final da reunião semanal do Conselho de Ministros.
·        Contudo, o ministro da Presidência salientou que o Governo "está a acompanhar a situação com preocupação" e no desenvolvimento da "adopção de medidas".
·        "O que os portugueses esperam não é uma multiplicação de declarações [do Governo], mas trabalho no terreno", declarou, face às críticas da oposição perante o silêncio do primeiro-ministro sobre os recentes casos de criminalidade violenta.
·        “As palavras que devemos deixar é de confiança nas forças de segurança e serenidade da população em face da situação que se está a viver” acrescentou: Estas ligações, para serviços externos ao Jornal de Notícias, permitem guardar, organizar, partilhar e recomendar a outros leitores os seus conteúdos favoritos.

10- Regresso a Lisboa (29 de Agosto – 6ª-feira)

Levantámo-nos às 07:00h. Preparámos tudo a fim de nos dirigirmos ao aeroporto. Quando estávamos prestes a sair do hotel, o empregado que estava ao telefone a falar com o Sr. Juvenal (o empregado da agência de aluguer de automóveis) pergunta-nos se este deveria vir buscar o carro que tínhamos alugado ao hotel ou ao aeroporto, ao que nós lhe mandámos responder que fosse buscá-lo ao aeroporto, onde o deixaríamos.
Partimos, pois para o aeroporto e, mal tínhamos acabado de tirar as malas da bagageira, chega até nós o Sr Juvenal. Depois de nos despedirmos dele e de lhe agradecermos, encaminhámo-nos para dentro do recinto interno, no intuito de fazermos o check-in, terminado o qual demos umas voltas, apreciando as lojas.
Entrando num bar sentámo-nos à mesa, sendo-nos servido um café que, por mais que tivéssemos pedido um café pequeno, nos trouxeram um café longo que mais pareciam banheiras! O que tinham de verdadeiramente bom eram as chávenas e os pires que eram de variadíssimas cores com o dístico, várias vezes repetido “Café Guidalli”! Tão belas eram que a Tabita se agradou e ficou verdadeiramente enamorada delas. Pedimos ao garçon se era possível comprar um exemplar. Indo ele perguntar ao gerente, regressou com uma resposta negativa: “não, não é possível!”. No entanto, trouxe um outro exemplar que em nada se parecia com o primeiro. A Tabita não aceitou, mas agradeceu a amabilidade.
Com o café, 2 sucos e umas pastilhas elásticas pagámos 12,00R$. No primeiro andar havia a Administração Infraero (Aeroport Administration), Banco (Bank, Banco) Livraria (Book Store, Librería); Cafeteria (Bule BAR Café) (Coffe shop, Cafetería).
 À minha frente (eu estava sentado, enquanto a Tabita e o Adelino se passeavam pela área aberta do aeroporto) encontrava-se a Schmidt Prata and Pedras, onde se encontravam duas belas moças, vestidas de preto. Uma estava sentada, à espera de clientela; a outra andava e desandava ora para fora, ora para dentro, num vaivém desenfreado! Que pretenderia ela? Dar nas vistas aos turistas? Talvez fosse isso mesmo o que ela pretendia! Talvez fosse isso mesmo o que tinha por incumbência! Hoje nada se estranha já! O que interessa é chamar a clientela, seja por que processo for!
Um dos Aviões da TAM que nos levaria para o Rio de Janeiro
 no aeroporto de Florianópolis
Além desta foto fiz ainda mais duas aos aviões, enquanto esperávamos pela hora de partida. Quando esta chegou dirigimo-nos à Alfândega/Detectores de metais e demos entrada na Sala de Embarque, ficando à espera da chamada para o embarque e para a descolagem, devendo ser, como estava marcado, às 11,09h, na TAM (JI3416 Airbus Industrie A 320 100/200) com rota para o Rio de Janeiro, onde faríamos escala e mudança para a TAP 178, às 17,15h, em direcção a Lisboa.
Aterrámos no Rio de Janeiro às 12:20h, parando completamento o avião às 12:30 h. Como não tínhamos bagagem para recolher dirigimo-nos imediatamente aos Sanitários, como aqui se diz), aos quais se acrescenta a seguinte distinção: “Sanitários Femininos” e “Sanitários Masculinos”, em vez de Toilettes (ou des chambres avec cabinets de toilette, entre os franceses), WC (ou Water cabinets entre os ingleses), ou Instalações Sanitárias (ou Casas de banho, entre os portugueses. Mas para ficarmos mais seguros de que a bagagem tinha seguido directamente para Lisboa fomos dar uma olhadela sobre o Tapete Rolante. Nada por ali passou que nos pertencesse.
Almoçámos no aeroporto do Rio, pois a hora de partida estava ainda para tarde. Fomos ao Restaurante Big and Gril onde comemos. O Adelino umas posta de garoupa, puré e brócolos (23,50 reais; Tabita salada, batata recheada (19,70 reais), eu um Bife com puré e arroz (23,50 reais. Por bebida escolhemos Sumo de Manga e água “aquarius” que era uma água adicionada de sais (sulfato de magnésio de cloreto de potássio, cloretos de sódio. Não continha glúten. Acabámos de comer às 14:00h.
Na hora do chek-in lá fomos nós para a fila onde houve alguns desentendimentos devido aos bilhetes e papéis da viagem, cujo paradeiro já não tínhamos bem presente. Tudo se esclareceu e o embarque estava marcado para o dia 29 de Agosto às 16:00h, Portão nº 35, sendo o meu lugar, o nº 27D. A viagem correu bem, embora nos tivesse parecido muito cansativa. À nossa espera, estavam a Samanta e o João Firme, a quem agradecemos.




[1] Dava-se este nome, na Beira Alta, ao condimento ou acompanhamento (carne, chouriço, queijo, etc.) que se comia com o pão, às refeições pobres.
[2] Cf. Caderno de Programação Fazendo Género – Corpo, Violência e Poder, de 25 a 28/08/2008, pp.87-89.

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